Cento e oitenta lotes de medicamentos usados no tratamento de hipertensão arterial, compostos pelas chamadas "sartanas" (losartana, valsartana, candesartana, olmesartana e irbesartana), foram recolhidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), após a Agência encontrar pequenas quantidades de nitrosaminas em suas fórmulas.

Relacionadas ao aumento do risco de câncer, as nitrosaminas estão presentes em nosso cotidiano por serem encontradas na água e na comida, como em vegetais frescos e em carnes processadas e defumadas. Em comunicado, a Anvisa esclarece que "Em quantidades mínimas, essas substâncias não oferecem riscos, mas não deveriam estar presentes em medicamentos".

Hipertensão

Crédito: PureRadiancePhoto/shutterstock

No entanto, quando presentes em medicamentos de uso prolongado, como remédios usados para controlar a pressão arterial que são de uso diário e, muitas vezes, pelo resto da vida do paciente, as nitrosaminas passam a ser consideradas potenciais carcinogênicos.



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Para esclarecer dúvidas dos usuários de medicamentos à base de “sartanas”, o portal do Instituto de Longevidade esclarece abaixo algumas questões. 

Dúvidas dos usuários de medicamentos para hipertensão

1. Meu medicamento para hipertensão pertence a um dos lotes recolhidos pela Anvisa. O que devo fazer?

A Anvisa orienta que nenhum paciente interrompa o tratamento, o que poderia causar sérios prejuízos a curto prazo, como risco de morte por ataque cardíaco, derrame ou insuficiência renal. Nesses casos, o consumidor deverá entrar em contato com o fabricante do medicamento através do serviço de atendimento ao consumidor e solicitar a troca.

2. Quem já consumiu alguns comprimidos desses medicamentos que constam na lista da Anvisa corre algum risco?

A Agência esclarece que esses medicamentos são de extrema eficácia no controle da pressão arterial e que o consumo dos mesmos não oferece riscos imediatos à saúde dos pacientes. O indicado, nesses casos, é a substituição da caixa por outra com o mesmo princípio ativo. Ainda de acordo com a Anvisa, haveria risco apenas se o medicamento contaminado fosse utilizado pelo paciente por um período muito longo e em altas doses.



3. Posso substituir meu remédio para hipertensão por outro?

A substituição só deverá ser realizada por orientação médica, uma vez que a prescrição é feita de acordo com o perfil de cada paciente. Antes de definir o medicamente preciso para cada caso, o médico realiza um exame criterioso para saber se o paciente apresenta alergia ou intolerância a alguma substância.

4. Devo me preocupar mesmo se minha caixa não for do lote recolhido pela Anvisa?

Não. Se seu remédio não pertence aos lotes listados pela Anvisa, ele está limpo de impurezas.

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