Ela se manifesta entre os 40 e 52 anos, geralmente com fogachos (sensação súbita e transitória de calor), suores intensos, calafrios e alterações de humor, que podem ser acompanhados de palpitações, cefaleia, tonturas, insônia, diminuição de libido, irregularidade menstrual e dores em mamas, articulações ou músculos. Seu nome? Perimenopausa.

Diferentemente da menopausa, que se caracteriza pelo período de inatividade reprodutiva ovariana ou momento em que os ciclos ovulatórios e menstruais da mulher se encerram, “a perimenopausa é a transição dessa fase e pode durar alguns anos”, explica Fábio Cabar, mestre e doutor em Obstetrícia e Ginecologia pela Universidade de São Paulo (USP).

É nela em que a produção de hormônios ovarianos começa a ficar deficiente, levando ao aparecimento de uma série de sinais físicos e emocionais que, muitas vezes, trazem desconforto. “As ondas de calor são uma das principais queixas que levam as mulheres a procurarem ajuda médica”, diz. “O mecanismo principal ainda não está bem estabelecido, mas sabe-se que a diminuição de estrogênio no organismo feminino leva a alterações no sistema nervoso central, com mudança do eixo termorregulador, que é o responsável por controlar a temperatura corporal.”

Outra reclamação da mulher nessa fase é a alteração na vida sexual. “Decorre, principalmente, da atrofia vaginal causada pela diminuição de estrógenos no sangue”, esclarece. “Os sintomas principais são o ressecamento vaginal e dor ou desconforto durante a relação. Além disso, pode haver perda de libido.”

“A adoção de um hábito de vida mais saudável contribui também para [prevenir] diversas outras doenças que podem atingir as mulheres neste período da vida”

Mas os efeitos indesejáveis, de acordo como Cabar, podem ser reduzidos com controle de peso e atividade física regular. “A adoção de um hábito de vida mais saudável, com alimentação balanceada e exercícios, contribui não só para a [melhora da] perimenopausa, mas também para diversas outras doenças que podem atingir as mulheres neste período da vida, como diabetes, hipertensão arterial e aumento do colesterol.”

O tratamento com reposição hormonal somente é indicado quando a paciente apresentar sintomas que interferem em sua qualidade de vida e que só possam ser melhorados com tal método. Isso porque os efeitos colaterais podem incluir hipertensão arterial sistêmica e aumento do colesterol. “Inclusive há estudos que correlacionam o uso de terapia hormonal com câncer de útero e/ou de mamas”, completa o especialista da Elo Clínica de Saúde.

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