HPV é a sigla em inglês para o Papiloma Vírus Humano, uma doença sexualmente transmissível muito comum entre homens e mulheres. Pelo menos 50% das pessoas sexualmente ativas já tiveram contato com o vírus em algum momento de suas vidas.

Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV. Geralmente, a doença não causa sintomas e o organismo humano consegue eliminar a infecção sozinho, mas cerca de 40 deles podem infectar os órgãos genitais e mucosas causando verrugas ou lesões que, se não tratadas, podem ser precursoras de casos de câncer.


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Cerca de 95% das ocorrências de câncer de colo de útero são causados pelo HPV, mas a doença também pode afetar outros órgãos em mulheres e homens, como boca, garganta, pênis, vagina ou ânus. Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em parceria com o Instituto de Virologia Fiocruz, feita com 80 pacientes com câncer de pênis, encontrou o vírus em 75% dos casos.

A prevenção é realizada através de vacinação em três doses, geralmente recomendada para meninas a partir dos nove anos. Porém, meninos e jovens adultos também podem tomá-la a fim de se proteger contra alguns tipos do vírus e contra as verrugas genitais.

A infecção por HPV

O vírus HPV é transmitido principalmente através de relações sexuais, por contato direto com a pele ou com a mucosa infectada. O contato pode se dar pela relação sem o uso de preservativo, seja ela vaginal, anal, oral e até mesmo pela masturbação.

A média de pessoas que, quando infectadas pelo HPV, desenvolvem alguma forma de manifestação é de aproximadamente 5%. A infecção acontece de duas formas:

Lesões clínicas

Surgimento de verrugas (condilomas acuminados) com aspecto de couve-flor e tamanho variável. São popularmente chamadas de "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista". Nas mulheres, podem aparecer no colo do útero, vagina, região pubiana e ânus. Em homens podem surgir no pênis com ênfase na glande, bolsa escrotal, região pubiana e ânus. Também podem surgir na boca e na garganta em ambos os sexos.

Lesões subclínicas

Surgem nos mesmos locais sem apresentar sintomas ou sinais visíveis a olho nu. Quando acontecem no colo do útero, são chamadas de Intra-epiteliais de Baixo Grau/Neoplasia Intra-epitelial grau I (NIC I), que indicam apenas a presença do vírus, e de e Alto Grau/Neoplasia Intra-epitelial graus II ou III (NIC II ou III), que causam câncer do colo do útero.

São raros os casos de lesões clínicas ou subclínicas em outras regiões do corpo.

O tratamento

Não há um tratamento específico para eliminar o vírus HPV. As lesões clínicas devem ser tratadas de forma pontual. Dependendo da extensão, do número e do local onde aparecem, o tratamento pode ser com aplicação de laser, eletrocauterização, ácido tricloroacético (ATA) e medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.

Quando as lesões são consideradas de baixo grau, costumam desaparecer naturalmente sem oferecer riscos à saúde das mulheres.

Já no caso das Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau, as diretrizes brasileiras recomendam que, após a confirmação colposcópica ou histológica, as lesões devem ser removidas por eletrocirurgia.

Consulte seu médico regularmente e realize o exame preventivo a cada seis meses.

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