“[Cantar] é mais barato que terapia, mais saudável que beber e certamente mais divertido do que malhar em alguma academia”, escreveu a escritora americana Stacy Horn, na “Time”, após curar-se de depressão e relatar sua experiência em “Imperfect Harmony: Finding Happiness Singing With Others” (“Harmonia Imperfeita, Encontrando Felicidade Cantando com Outros”, na tradução literal, sem versão no Brasil).

O que Stacy vivenciou a ciência já comprovou há alguns anos: cantar faz bem à saúde. Não é à toa que grupos de corais se tornaram objetos de estudos, da Alemanha ao Reino Unido, e atestam uma melhora sensível na produção de neurotransmissores responsáveis pelo controle da ansiedade e do estresse  _ e também pela sensação de prazer. Na Suécia, concluiu-se que o ritmo da música afeta a respiração, tornando-a mais lenta e profunda e, num grupo perfeitamente sincronizados, os batimentos se aproximam aos da meditação.

“Ao cantar, vibrações musicais se movem por você, alterando sua paisagem física e emocional”, relata a escritora. “Grupos de canto, para aqueles que já participaram, são os mais emocionantes e transformadores de todos. Eles capturam algo incrivelmente íntimo, um som que começa dentro de você, compartilham isso com uma sala repleta de pessoas e têm em retorno algo ainda mais emocionante: harmonia.”

Para quem quiser sentir na própria pele a experiência de cantar em grupo, uma boa notícia: o Coral da Universidade de São Paulo (CoralUSP) está com inscrições abertas _ e gratuitas _, até o dia 31. “Cada um dos 13 grupos opta por um ou vários estilos musicais em seu repertório”, explica a diretora artística, Marcia Hentschel, explicando que, para muitos deles, não é preciso experiência. “No teste, o regente avalia se a voz se adapta ao coro ou indica uma das oficinas”, diz.

cantar faz bem Grupo Sestina, que, assim como os outros grupos, estão com inscrições abertas para novos cantores; crédito Divulgação

Os interessados devem, primeiro, acessar este link para escolher entre os vários estilos _ da black music ao soul, passando pelo jazz, música popular brasileira e rock. Depois, deve acessar, clicando aqui,  o site de inscrições, selecionar o botão inscreva-se e, após preencher uma ficha, agendar um teste. O CoralUSP, que já recebeu cinco premiações da Associação Paulista de Críticos de Arte, oferece a todos os cantores um programa de orientação didática em técnica vocal e estruturação musical.

Assista abaixo à divertida apresentação da música “Beijinho no Ombro” (Valesca Popozuda), do grupo XI de Agosto, que é “pautado pela coexistência do tradicional versus o novo, do sagrado com o profano” e ensaia às quartas e aos sábados na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, sob a regência de Eduardo Fernandes.

Compartilhe com seus amigos