A Taxa Referencial - TR - aparece em alguns cálculos financeiros. 

Dentre eles, talvez o mais famoso seja o da correção da caderneta de poupança, que ainda é a aplicação mais popular no Brasil.

O curioso é que já faz alguns anos que seu valor vem se igualando a zero, tornando seu peso pouco expressivo na conta.

No entanto, ela já foi considerada a taxa básica de juros da economia brasileira - que viria a se tornar o papel da taxa Selic, anos à frente.

Por isso, é importante entender o que é a TR e qual a sua importância histórica para o Brasil.

Assim, acompanhe este conteúdo até o final e descubra tudo sobre a Taxa Referencial.

O que é TR?

TR é a sigla para Taxa Referencial.

Ela surgiu durante o período de hiperinflação brasileira e seu objetivo era, naquele momento, desindexar os preços nacionais.

Durante os anos 1980 e 1990, o Brasil passou por sérios problemas com a inflação.

Várias medidas foram tomadas a fim de tentar controlar os preços que subiam a cada nova medição dos índices inflacionários.

Uma das soluções encontradas foi a criação da Taxa Referencial, colocada em prática a partir de 1991.

À época, ela tinha a função de levar a indexação para a frente e, ao menos na teoria, isso diminuiria o peso dos sucessivos aumentos acumulados.

Durante o período, ela foi considerada a taxa básica da economia brasileira e, sobre ela, todos os demais juros eram calculados.

Com o fim da hiperinflação, a Taxa Referencial se tornou um indexador de investimentos - ou seja, o reajuste de algumas aplicações passou a ser calculado utilizando o valor da taxa.

Hoje, o Banco Central mensura e divulga periodicamente o número atualizado da TR, que é igual a 0% desde 2018..

Como funciona a TR

Atualmente, a Taxa Referencial é um índice a partir do qual alguns tipos de aplicações e outros instrumentos financeiros são corrigidos.

Os mais conhecidos são:

Caderneta de poupança

FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

Títulos de capitalização

Financiamentos imobiliários pelo Sistema Financeiro de Habitação

Títulos do Tesouro Direto.

A caderneta de poupança, por exemplo, está remunerando os depositantes da seguinte forma:

70% do valor da Taxa Selic Meta + Taxa Referencial.

Considerando uma Taxa Selic Meta de 2% ao ano e TR de 0% o cálculo fica dessa maneira:

(70% de 2%) + 0%.

Então, nesse cenário de Selic a 2% - e de acordo com a indexação à TR - a caderneta de poupança paga 1,4% ao ano para os seus depositantes.

Dúvidas importantes sobre TR

Ainda com dúvidas sobre a Taxa Referencial?

Então, fique tranquilo, porque trouxemos outras importantes pontuações sobre a TR.

Confira:

Qual o valor da TR hoje?

A partir de setembro de 2017, a Taxa Referencial foi zerada.

Desde então, a TR é igual a 0%.

Qual o histórico da TR?

Ano após ano, a hiperinflação do período de 1980 e 1990 foi perdendo força.

Dessa forma, a TR também foi diminuindo ao longo do tempo.

Na tabela abaixo, confira o histórico da Taxa Referencial anual desde que ela foi criada:

Ano

Taxa TR

2019

0,00%

2018

0,00%

2017

0,60%

2016

2,01%

2015

1,80%

2014

0,86%

2013

0,19%

2012

0,29%

2011

1,21%

2010

0,69%

2009

0,71%

2008

1,63%

2007

1,45%

2006

2,04%

2005

2,83%

2004

1,82%

2003

4,65%

2002

2,80%

2001

2,29%

2000

2,10%

1999

5,73%

1998

7,79%

1997

9,78%

1996

9,56%

1995

31,62%

1994

951,20%

1993

  2.474,74%

1992

1156,22%

1991

335,52%

Como é calculada a Taxa Referencial?

Para chegar ao valor da TR, o Banco Central calcula desta maneira:

TR = 100 x [(1 + TBF ÷ (a + b x TBF)) - 1].

Sendo:

TBF = Tarifa Básica Financeira

a = 1,005

b = divulgado pelo Banco Central, depende da TBF.

Assim, o cálculo da Taxa Referencial é feito de acordo com diferentes elementos econômicos.

Na prática, portanto, depende do interesse do BC mantê-la em zero ou voltar a operar com ela em algum nível positivo.

Se você gostou das informações, continue acompanhando a gente na série Longevidade Financeira de A a Z.

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