O novo ano chegou e com ele muitas mudanças que vão afetar as suas finanças e a forma como você gasta o seu dinheiro. Além do novo valor do salário mínimo, as novas regras para o cheque especial já começam a valer a partir de janeiro e podem causar impactos no seu bolso.

As compras feitas em free shops ou no exterior com cartão de crédito, assim como alguns valores e benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) também sofrerão mudanças este ano, por isso é importante ficar de olho.

Veja as mudanças que afetarão o seu dinheiro em 2020

Valor do salário mínimo

O presidente Jair Bolsonaro definiu na última terça-feira (31) que o valor do salário mínimo será de R$ 1.039 neste ano. É um pouco abaixo do proposto pelo governo em abril do ano passado, que era de R$ 1.040, mas é mais do que o valor aprovado no orçamento de 2020 pelo Legislativo, que era de R$ 1.031.


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Apesar do reajuste de 4,1%, esse aumento não significa um ganho real, pois o valor foi apenas corrigido de acordo com a inflação de 2019, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). 

Só é considerado um aumento de fato quando o novo valor estipulado ultrapassa o da inflação. Quando isso não acontece, pode-se dizer que o aumento do salário mínimo mantém o nível de antes.

Juros do cheque especial

A partir do dia 6 de janeiro, as regras do cheque especial vão mudar. Agora, essa linha de crédito deverá contar com um limite máximo para a taxa de juros e, por isso, ficará mais barata para o consumidor. Em contrapartida, as instituições financeiras poderão cobrar outra tarifa em cima do cheque especial, mesmo que ele não seja utilizado.

Atualmente, os bancos cobram uma taxa de juros que gira em torno de 12,4% ao mês (305,9% ao ano), variando de instituição para instituição. Depois do dia 6, a taxa de juros será de até 8% ao mês para todos os bancos, ou seja, 152% ao ano. As instituições financeiras não podem cobrar mais do que isso.

Em compensação, os bancos poderão cobrar uma nova tarifa mensal dos clientes que contratarem o serviço no valor de 0,25%, mesmo que não o utilizem. Essa nova taxa, no entanto, não será cobrada de todos que solicitarem o cheque especial, mas apenas daqueles que pedirem um limite acima de R$ 500. 

Abaixo desse valor, haverá apenas a taxa de juros de até 8% em cima do que for utilizado. Já quem pedir um limite de mais de R$ 500, deverá pagar a tarifa de 0,25% em cima do valor excedido, mais os 8%.

É importante lembrar que a nova tarifa será cobrada mesmo que o cheque especial não seja usado.

valor do salário mínimo

Crédito: Brenda Rocha/shutterstock

Compras em free shops

O limite para compras de brasileiros em free shops passou de US$ 500 para US$ 1 mil por passageiro. A nova medida entrou em vigor no dia 1º de janeiro e é válida para todas as lojas francas localizadas nas salas de desembarque de aeroportos e portos e que vendem produtos livres de tributos. 

De acordo com o Ministério da Economia, a nova regra tem a previsão de movimentar R$ 62,64 milhões neste ano e R$ 72,1 milhões no ano que vem.

A medida, no entanto não altera o limite de compras livres de impostos que podem ser feitas por brasileiros no exterior. Atualmente, esse valor está fixado em US$ 500.

Compras no exterior com cartão de crédito

Uma nova regra do Banco Central determina que os emissores de cartões de crédito deverão usar a taxa de câmbio do dia da compra realizada pelos clientes no exterior. Ou seja, eles não podem mais cobrar a taxa de câmbio verificada na data de pagamento da fatura. Essa nova medida entrará em vigor a partir de março.

Saque-aniversário do FGTS

O saque-aniversário é uma nova modalidade do FGTS. Ela estabelece que os trabalhadores podem sacar uma parte do fundo de garantia todos os anos no mês de seu aniversário e nos dois meses seguintes. No entanto, quem optar por essa modalidade perderá o direito de retirar todo o dinheiro caso seja demitido. A adesão é opcional e os saques começarão a ser feitos em abril.

Alíquotas do INSS

A partir do dia 1º de março, entram em vigor as novas alíquotas de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), em decorrência da aprovação da Reforma da Previdência. Isso significa que o valor descontado do salário dos trabalhadores para a aposentadoria vai mudar. Quem recebe menos terá que contribuir com um valor menor, enquanto quem recebe mais terá que pagar mais.


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