A qualidade da saúde de um indivíduo pode ter um impacto concreto na aposentadoria, tanto em termos de quando as pessoas se aposentam, quanto em termos do tempo que elas esperam viver na aposentadoria. Foi o que apontou a Pesquisa Aegon de Aposentadoria, lançada recentemente no Brasil pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon. De acordo com a pesquisa, enquanto muitas pessoas têm opiniões positivas sobre esse período da vida, potenciais problemas com a saúde estão entre as preocupações mais frequentemente citadas. Além disso, muitos também se preocupam com a acessibilidade dos custos de saúde, que não estão inclusos em seus planos de aposentadoria.

Para chegar a esses resultados, o Aegon Center for Longevity and Retirement, responsável mundialmente pela pesquisa, ouviu mais de 100 mil pessoas em 15 países diferentes.


Globalmente, os trabalhadores esperam se aposentar aos 65 anos. Em 10 dos 15 países da pesquisa, a idade prevista para a aposentadoria está dentro de uma janela de dois anos (mediana 65 anos e 66 anos). Em muitos países, a idade prevista para a aposentadoria é um marco bem definido e muitas vezes coincide com a idade de aposentadoria oficial no país.

A saúde atual considerada por cada pessoa tem pouco impacto na idade em que elas esperam se aposentar, mas grande peso nas opiniões dos trabalhadores sobre a duração de suas aposentadorias. Aqueles atualmente com saúde boa ou excelente esperam viver mais tempo e passar 20 anos na aposentadoria (mediana), enquanto aqueles com a saúde ruim esperam que suas aposentadorias durem somente 14 anos. Entre os brasileiros, a expectativa é de se aposentar aos 60 anos de idade e então viver por mais 20 anos.

O Brasil ficou em primeiro lugar em alguns pontos da pesquisa, como preocupação em não conseguir permanecer ativo na aposentadoria (45%), não ser capaz de fazer as coisas que gosta e perder a independência (44%) e medo de enfrentar problemas de saúde mental como depressão (37%).

A pesquisa também revelou que 39% dos aposentados nos 15 países da pesquisa se aposentaram mais cedo do que tinham planejado, e a maior razão para isso foram os problemas de saúde (30%). Os trabalhadores que estão se preparando para a aposentadoria e que já apresentaram problemas de saúde esperam viver 6 anos menos na aposentadoria do que aqueles que estão com a saúde excelente (14 anos em relação a 20 anos).

Apenas 21% dos entrevistados estão confiantes de que seus planos de saúde serão acessíveis na aposentadoria, enquanto que 45% dizem que têm considerado o custo dos cuidados de saúde como parte de suas poupanças de aposentadoria.

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