Idade cronológica e sexo são as duas mais importantes variáveis que impactam na organização e na gestão das sociedades e dos grupamentos humanos no  mundo ocidental.

No entanto, elas pouco ou nada têm a ver com a pessoa humana. Haja vista a gritaria que se dá em torno das definições das idades para que uma pessoa se aposente – inclusive para a contratação de fundos de previdência e de seguros – e das diferenças que são levadas em conta entre homens em mulheres.

Políticos e administradores não podem prescindir de considera-las como parâmetros necessários na tomada de decisões e implantação de políticas públicas nas mais diferentes áreas. Toma-se uma idade de corte, que importa e impacta no coletivo.


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No cotidiano, idade é o que existe de menos relevante. Sexo também não importa, a não ser quando se fala em salário e oportunidades de carreira. Com certeza os homens são privilegiados só por terem nascido homens. Tomadas por preconceitos, as sociedades deles se servem à rodo.

O que nos diz a idade cronológica sobre nós mesmos? 

Não sei como vai ficar quando metade da nossa população tiver menos de quarenta anos e outra metade acima disso, sendo que a faixa etária que mais vai crescer é a dos 80+.

Como serão distribuídos os privilégios conquistados e que novas idades de corte serão aplicadas? Quem vai cuidar dos idosos, cujas aposentadorias têm sido dirigidas para compor a renda familiar? A situação é muito, muito complexa, porque nós não envelhecemos linearmente e nem temos uma só idade.

Além da cronológica, existe a idade social, que tem sido cruel com os trabalhadores, já a partir dos 45 anos. As oportunidades de recolocação se afunilam. Jovens muito bem formados, na casa dos 30 anos, que ainda não galgaram altos cargos e, remuneração condizente, sentem-se fracassados.

O que dizer, então, dos cinquentões que perdem o posto de trabalho e que, para se recolocarem passam a ganhar nem a metade? Carteira assinada com benefícios garantidos? Esqueça. Como PJ arcam com todas as despesas, o que significa que poderão ter seus ganhos reduzidos em até 70% no novo emprego.

Tem, também, a idade fisiológica. Mas o organismo não envelhece por igual. A saúde dos olhos pode estar altamente prejudicada em pessoas jovens. Os rins, o coração, os ossos, a pele, dependendo do tipo de vida e de trabalho que se levou, uma pessoa pode estar ‘velha’ aos 40, enquanto nas classes mais favorecidas uma pessoa de 70 pode aparentar e viver como se tivesse 50.


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E o que dizer da idade psicológica? Tanto a cognição pode estar prejudicada - a cabeça não aprende, a memória está fraca – como a emocionalidade pode estar estagnada – a pessoa está desinteressada, apática e pouco desejosa de se relacionar e se conectar com pessoas, inclusive sem entusiasmo por qualquer forma de aprendizagem, atividades e ocupações.

No entanto, a saúde física tão somente, não dá conta de preencher a vida de uma pessoa, especialmente chegada a uma idade mais madura em que as capacidades mentais precisam ser revistas e atualizadas.

Interesses diversificados, disposição para ganhar novos conhecimentos, manter amizades sólidas e, compromissos, fazem melhor para a saúde mental do que qualquer medicação para dormir melhor e sentir-se animado.

E chegamos à idade existencial. Aquela idade em que a pessoa enxerga a graça e a beleza da vida nas menores coisas: numa flor que se abre, num pôr do sol, no trinado de um pássaro, num sorriso qualquer. Gentileza e bondade passam a ser seus modos e, seus erros e descaminhos lhe servem de fonte de inspiração e de revitalização. Trabalho? Viver dá trabalho.

Pode-se escolher: aposentar-se de si mesmo e passar longos anos deixando-se morrer lentamente ou colocar-se frente a um grande propósito: algo que não estará findo nesta vida, mas que dará prosseguimento à vida dos demais. Em vez de se perguntar o que a vida, após a aposentadoria tem a lhe oferecer, responder positivamente aos chamados para contribuir, colaborar e compartilhar.

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