Uma matéria publicada pelo jornal Valor Econômico na última segunda-feira (4) despertou a atenção de aposentados da iniciativa privada de todo o país. A reportagem trazia informações sobre a diferença entre a remuneração média dos aposentados do setor público, especificamente nos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, e daqueles que ainda estão na ativa, além dos aposentados do setor privado.


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No Judiciário, por exemplo, essa diferença chega a 80%. A média salarial dos 109.458 servidores na ativa é de R$ 9.968,76, enquanto que os 22.327 aposentados chegam a receber R$ 18.065,40 cada. No Legislativo, os 7.822 funcionários da ativa recebem rendimentos médios de R$ 18.605,20, enquanto que os 8.805 aposentados recebem em média R$ 26.823,48, ou seja, 44,17% a mais. Já no Ministério Público, enquanto os 19.670 servidores ativos recebem R$ 11.821,33 em média, os 3.063 inativos ganham R$ 14.656,32.


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Tamanha diferença fez com que o déficit atuarial da previdência dos servidores públicos chegasse a R$ 1,199 trilhão. Baseado nisso, o governo defende a necessidade de uma reforma da Previdência Social. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a aposentadoria média paga pelo INSS foi de R$ 1.271,88 em abril, o equivalente a 5% dos proventos pagos aos aposentados do setor público, tendo como base o Legislativo.

Em nota, o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindnap), Marcos Bulgarelli, criticou a manutenção dos privilégios aos aposentados do setor público por parte do governo federal. “O Sindicato Nacional dos Aposentados defende uma Reforma da Previdência, que acabe com os privilégios, instaurando o teto do INSS para todos os segmentos. Essa sim seria a justa Reforma e não a que o governo apresentou, que mantém uma casta de privilegiados”, destacou Bulgarelli.

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