A imagem da aposentadoria, em geral, é romântica: um momento de lazer, relaxamento e tempo com a família. Mas esse período de cerca de 30 anos tem quatro fases distintas. E conhecê-las pode ajudar em um planejamento de aposentadoria e a viver essa fase com mais independência, controle e bem-estar, sinaliza um estudo do MIT AgeLab (Massachussets Institute of Technology), entidade parceira do Instituto Mongeral Aegon de Longevidade.


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Elaborado pelo diretor do MIT, AgeLab Joseph F. Coughlin, e pelas pesquisadoras Dana Ellis e Angelina Gennis, o artigo “Que Aposentadoria Você Está Planejando? Desenvolvimento de Quatro Quadros de Aposentadoria” indica que essas décadas são marcadas por serem dinâmicas em recursos financeiros, físicos, sociais e cognitivos. Como esses quesitos sofrem alterações significativas, segundo eles, é preciso pensar neles para fazer uma programação mais realista no momento de fazer um planejamento de aposentadoria.

As quatro fases da aposentadoria e seus planejamentos

1ª Fase: Manejar Ambiguidades

A primeira fase é a que os autores chamam de Manejar Ambiguidades. Por décadas, essa etapa significou “vida depois do trabalho”. Agora, no entanto, ela quer dizer tanto permanecer no trabalho quanto adotar uma jornada reduzida ou ainda mudar de carreira. A visão de saúde também se alterou: hoje é possível chegar a esse período sem doenças que comprometam o estilo de vida.


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Mas, se saúde e trabalho permanecem sem alterações significativas, não se pode dizer o mesmo das obrigações familiares. Para parte da geração Baby Boomer (nascida entre 1946 e 1964), é a época de continuar a dar suporte financeiro aos filhos e de cuidar de pais, que muitas vezes estão com a saúde fragilizada. Ainda assim, é uma fase em que se abre espaço para novos interesses, viagens e tempo de lazer. “É o tempo oportuno para antecipar e se proteger de possíveis reduções de recursos no futuro por meio de planejamento”, destacam

2ª fase: Tomar Decisões

Tomar Decisões é a segunda etapa. E começa a tomar forma assim que o trabalho desaparece de vista. As atividades laborais são substituídas por voluntariado, passatempos, netos e planos de viagem. “A segunda aposentadoria proporciona uma oportunidade maior para fazer ou renovar conexões sociais”, sinalizam os pesquisadores.

Os rendimentos permanecem mais ou menos fixos, mas à custa de economias, investimentos e previdência. É quando surge a pergunta: “Podemos manter esse estilo de vida por um longo período?”. Em termos de saúde, afirmam, doenças crônicas podem causar “mudanças fisiológicas significativas”.

3ª fase: Navegar Complexo

Na etapa Navegar Complexo, a gestão da saúde se torna um trabalho em tempo integral, com consultas, remédios e desafios em mobilidade. E, devido ao comprometimento físico, os laços de amizade podem mudar, com menos oportunidades de encontro e lazer entre família e amigos.

“A complexidade também surge da necessidade de uma habitação adequada e da assistência diária ou eventual de um amigo ou de um membro da família para ajudar nas tarefas diárias e na manutenção da casa.” Nesse momento, cresce a importância de estabelecer contingências jurídicas, selecionando pessoas de confiança que possam tomar decisões enquanto as funções cognitivas e físicas permitem.

4ª fase: Viver Sozinho

A última fase, denominada Viver Sozinho, pode trazer rapidamente as questões físicas e de saúde para o primeiro plano. Um derrame ou uma queda são capazes de alterar as necessidades e o estilo de vida. Assim, mudar-se para a casa de um familiar ou para um residencial torna-se uma possibilidade.


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É quando aparecem as desavenças entre os membros da família, especialmente dos filhos, com preocupações sobre a segurança dos pais ou a capacidade de viver sozinho. Decisões anteriores sobre procurações, poder dos advogados e preferências de cuidados em saúde podem tornar esse período mais suave e confortável.

Mas, ainda que haja redução de recursos físicos, financeiros, sociais e, por vezes, cognitivos, o bem-estar emocional é maior em comparação a outros estágios da vida, revela um estudo da empresa de pesquisa Gallup, realizado em 2011. Isso indica que um planejamento adequado, mesmo com poucos recursos, pode deixar as pessoas com mais idade mais otimistas com o aumento da longevidade.

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