Dois profissionais concorrem a uma vaga. Um tem mais qualificações e experiência, mas quem fica com a vaga é o outro. Por quê? Uma das possíveis respostas é: porque o marketing pessoal do trabalhador que foi selecionado é melhor.

Essa imagem criada e apresentada nos ambientes corporativos ou pessoais influencia a forma “como os outros olham para nós e nos reconhecem”, sinaliza a psicóloga e coach Marcia Vazquez, gestora de capital humano e de operações da Thomas Case & Associados. No trabalho, pode ser a diferença na contratação ou na promoção. Fora dele, pode estar ligado, por exemplo, ao número de amigos e mesmo à qualidade das relações.

Tem a ver com simpatia? Tem. Mas é bem mais que isso. Marcia explica que o marketing pessoal está alicerçado em seis pilares: capacidade de comunicação, postura profissional e pessoal adequadas, perfil de responsabilidade e confiabilidade, flexibilidade, atitude positiva e capacidade de influenciar os outros.

Todos, diz ela, são capazes de desenvolver essas áreas – e em qualquer momento da vida (“não se trata de idade, mas de objetivos e visão de futuro pessoal e profissional”). Para isso, o primeiro passo é fazer “uma profunda e honesta autoavaliação de habilidades, competências, características pessoais e valores, a fim de dimensionar fortalezas e fraquezas”.

É difícil? Pode ser, sim. Mas essa análise pessoal não precisa ser algo solitário. Amigos, colegas e família podem ajudar a mapear esses pontos fortes e fracos e sinalizar o que pode ser desenvolvido ou potencializado, “favorecendo a construção de uma marca pessoal de destaque”.

Depois dessa avaliação, é a hora da ação. Vale definir o que precisa melhorar e traçar uma estratégia. Esse percurso pode incluir cursos, palestras, leitura específica, coaching, terapia. E é preciso evitar atalhos, como passar uma falsa imagem do que pensa ou de como age. “Isto nos levará ao descrédito perante os demais.”

O investimento vale a pena? “Nossa marca é deixada no ambiente corporativo através da influência que exercemos, aglutinando nossa energia vital, nossa personalidade, nossa inteligência, nossas competências, nossos interesses e, sobretudo, os valores que nos movimentam”, exemplifica Marcia.

Trata-se da “reputação que vamos ‘carregar’ e apresentar por toda a vida”, destaca. E completa: “ela é um bem dos mais preciosos”.

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