A importância para os mais velhos de ter oportunidades de aprender e manter-se atualizado é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, que define a aprendizagem continuada como um dos quatro pilares do envelhecimento ativo (conceito que a organização usa para definir o “bom envelhecimento”).

Segundo o INEP, o número de alunos com mais de 55 anos de idade em cursos de nível superior cresceu 5,5% entre 2014 e 2015. Este valor é superior ao crescimento registrado quando são consideradas todas as faixas etárias, que foi de 2,5%. Já o CIEE afirma que já são 7,2 mil os estagiários que passaram dos 40 anos.

Qualquer que seja seu interesse, se seu objetivo é iniciar uma nova carreira, é importante que sua escolha esteja alinhada com as tendências da sociedade.

E você, já pensou em fazer uma nova faculdade? Ou, quem sabe, sonha em entrar numa universidade pela primeira vez? Qualquer que seja seu interesse, se seu objetivo é iniciar uma nova carreira, é importante que sua escolha esteja alinhada com as tendências da sociedade.  E o aumento da expectativa de vida sem dúvidas é uma dessas tendências.

São inúmeros os cursos de pós-graduação na área da Gerontologia, que atendem à demanda de profissionais já formados. A graduação em Gerontologia, infelizmente, só está disponível no estado de São Paulo (nas universidades USP, em São Paulo, e UFSCAR, em São Carlos). Mas, independentemente de onde você esteja: será que atuação em Gerontologia é uma oportunidade para você?

Conversamos com Wilson José Alves Pedro, Professor da área de Gestão de Pessoas e Trabalho e Envelhecimento do Curso de Graduação em Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos sobre o assunto. Segundo ele, com as diversas mudanças no mundo do trabalho, muitos são os desafios que enfrentamos para conciliar a permanência e autorrealização através do trabalho ao longo do curso da vida.

Pedro diz: “O trabalho em nossa realidade é fruto de uma mescla de ‘escolhas’ e ‘determinações’, especialmente as determinações econômico-financeiras. Portanto, estar sintonizado com as demandas emergentes e as transformações tecnológicas e científicas; bem como, desenvolver uma atitude proativa para o desenvolvimento de habilidades e competências e abertura para novos aprendizados e interações é certamente um exercício individual e coletivo imprescindível nos tempos atuais, necessário para todos aqueles que desejam permanecer no mundo do trabalho”.

Dentre as múltiplas possibilidades de trabalho, as demandas do envelhecimento vêm se configurando como alternativas para os profissionais na fase adulta, e até mesmo para aqueles que já atingiram 60 anos de idade.

Para o professor, dentre as múltiplas possibilidades de trabalho, as demandas do envelhecimento vêm se configurando como alternativas para os profissionais na fase adulta, e até mesmo para aqueles que já atingiram 60 anos de idade. Além das demandas de cuidado ao idoso frágil e/ou dependente, a população que envelhece ativa demanda por lazer, turismo, seguridade, direitos, atenção à saúde, novas tecnologias, cultura. São dimensões da vida de todos nós, mas que cada vez mais requerem uma qualificação profissional. Esta pode se dar em nível de aprimoramento e especialização acadêmica ou mesmo uma segunda graduação, no caso em Gerontologia.  As oportunidades de atuação profissional apesar de emergentes são exponenciais. Saiba mais na matéria: Gerontólogo: você pode não conhecer, mas vai precisar.

“Sem dúvidas – a sensibilidade, a empatia e a experiência vivida, podem contribuir como diferenciais para aqueles que desejam atuar nas demandas do envelhecimento e os trabalhadores adulto-idosos certamente muito podem contribuir com estas competências”, conclui Pedro.

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