Considerada uma doença altamente contagiosa, a tuberculose é facilmente transmitida pelo ar, pela saliva ou através do contato direto com qualquer tipo de secreção corporal da pessoa infectada pelo Bacilo de Koch, bactéria causadora da doença.

Todos os anos, seis milhões de novos casos são registrados em todo o mundo, causando a morte de mais de um milhão de pessoas. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil ocupa a 17ª posição no total de casos da doença entre os 22 países responsáveis por 82% dos registros mundiais. São 4,7 mil brasileiros mortos a cada ano vítimas da doença.


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São muitas as personalidades em todo o mundo que morreram por causa da doença. Considerada o mal do século 19, a tuberculose levou embora nomes como Dom Pedro I, Castro Alves, Noel Rosa, Simón Bolívar, Frédéric Chopin, Franz Kafka e George Orwell.

Os números são tão alarmantes que a Organização Mundial da Saúde decidiu criar, em 1982, o Dia Internacional do Combate à Tuberculose, comemorado no próximo sábado, 24 de março. O objetivo da data é incentivar a promoção de políticas e ações de prevenção e combate à doença nos países ao longo de toda a semana.

Procure a unidade de saúde da sua região e verifique a programação deste ano.

Sintomas mais comuns

O diagnóstico da tuberculose nem sempre é fácil e os sintomas podem passar despercebidos, causando a demora na busca pelo tratamento médico. A consequência é o enfraquecimento do organismo e o agravamento dos quadros de saúde.

Em caso de tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, febre alta, dores na região do tórax, sensação de mal-estar, falta de ar, perda acentuada de peso, suor noturno e palidez, um médico pneumologista deve ser consultado. Alguns pacientes, no entanto, não apresentam sintomas, o que dificulta o tratamento.


O aumento do número de pessoas infectadas com o vírus da AIDS potencializou o surgimento de novos casos de tuberculose. A explicação é simples: o enfraquecimento do sistema imunológico da população soropositiva torna seus organismos mais propensos à contração do Bacilo de Koch.

Tratamento

Geralmente o problema é tratado com medicamentos antibióticos, com o paciente sendo submetido a cuidados rigorosos e constantes pelo período mínimo de seis meses, para evitar o risco de retorno com agravamento do quadro. Estatísticas mostram que grande parte dos pacientes infectados acaba largando o tratamento antes da sua finalização, por isso é muito importante o acompanhamento de um profissional da saúde durante todo o processo.

A doença, que afeta principalmente os pulmões, também pode se espalhar por ossos, cérebro, pele, rins e coluna vertebral.

Veja abaixo os tipos de tuberculose

Tuberculose ocular: atinge primeiramente os pulmões e, posteriormente, o globo ocular. Considerada rara, essa tuberculose é mais comum entre indivíduos da raça negra e com as defesas imunológicas fracas, como soropositivas, diabéticas ou com câncer.

Tuberculose pleural: ataca a pleura, uma membrana do pulmão, e causa sintomas como dor na região do tórax, falta de ar e água na membrana pleural.

Tuberculose do peritônio: tipo mais raro da doença e também o mais grave, com alto índice de mortalidade. Seu diagnóstico é um dos mais difíceis, sendo necessária a realização de laparoscopia.

Tuberculose extrapulmonar: se espalha por outros órgãos do corpo, além dos pulmões.

Tuberculose ganglionar: mais comum entre pacientes infectados com o vírus HIV, este tipo de tuberculose ataca os gânglios do pescoço. Apesar de não causar dor, o crescimento dos linfonodos pode levar ao surgimento de fístulas na pele.

Tuberculose óssea: afeta a coluna vertebral, causando dores nas costas. Com o tempo, os sintomas pioram consideravelmente. Se não tratada corretamente, pode causar alterações no sistema neurológico e motor do corpo.

Tuberculose do coração: inflamação da membrana que envolve o coração, conhecida como pericárdio (pericardite), causando complicações em diversas partes do corpo.

Tuberculose urinária: possui sintomas bem semelhantes aos de uma infecção urinária, e o tratamento errado pode levar ao agravamento do problema, podendo chegar a um quadro de insuficiência renal.

Tuberculose cutânea: muito comum em países tropicais e com muita umidade, e entre indivíduos de baixa renda social ou imunodeprimidos. Atinge primeiramente o pulmão, posteriormente se espalhando para outros órgãos.

Tuberculose cerebral: exige atenção redobrada, pois o agravamento dessa tuberculose pode evoluir para uma meningite e tumores no sistema nervoso central.

Em qualquer um dos casos, evite a automedicação e procure um especialista.

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