No último fim de semana, mais uma fakenews confundiu a vida dos brasileiros. Um áudio de alerta sobre o vírus influenza H2N3 circulou no WhatsApp e deixou muita gente preocupada. Segundo o conteúdo, rapidamente compartilhado na rede social, o vírus já havia causado várias mortes, inclusive a de um casal em Rio Claro (SP), mas o caso estava sendo ocultado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar pânico na população.

Procurado pela imprensa, o Ministério da Saúde se pronunciou informando se tratar de uma notícia falsa. Segundo o Ministério, os vírus de influenza que atualmente circulam no Brasil são o A/H1N1 e o A/H3N2 e o influenza B.

Causador da gripe, velho conhecido dos brasileiros, o vírus influenza se divide em 3 grupos: A, B e C. Os dois primeiros são responsáveis por epidemias sazonais em várias regiões do mundo, principalmente no inverno. O grupo C é causador de infecções mais leves. A partir deste ponto, começam as subdivisões: o grupo A pode ser dividido em subtipos de acordo com a Hemaglutinina (H) e a Neuraminidase (N), proteínas presentes na superfície do vírus influenza (são 14 tipos de hemaglutinina e nove de neuraminidase). Dessa forma, várias combinações se tornam possíveis. Vale ressaltar que para cada tipo de vírus influenza existe uma vacina específica que não descarta a importância das demais.

O grupo B se divide em Victoria e Yamagata. Todos podem provocar os mesmos sintomas, como dores de cabeça, dores no corpo e nas articulações, febre alta, garganta inflamada, calafrios, tosse e fadiga.

A incidência do vírus influenza no Brasil vem ganhando destaque com o aumento significativo no número de casos. Segundo especialistas, sua principal característica é a capacidade de sofrer pequenas mutações e causar epidemias que atingem entre 10% e 15% da população mundial. Somente de janeiro a abril deste ano, já foram contabilizados 286 casos de influenza no país. Desse total, 117 casos foram provocados pelo A/H1N1, com 16 óbitos, e 71 foram provocados pelo A/H3N2, com 12 mortes. Contudo, especialistas garantem que não há motivo para pânico.

A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe deve começar já na segunda quinzena deste mês. Segundo o Ministério da Saúde, o público-alvo é formado por pessoas com mais de 60 anos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, mulheres com até 45 dias pós-parto, trabalhadores da área de saúde, professores, detentos, profissionais do sistema prisional e indígenas.

Saiba mais

Farmacêuticos apontam 7 erros de medicação e ensinam como evitá-los

Cistanche tubulosa: erva promete ser a cura para todos os problemas

Compartilhe com seus amigos