Você vai sair de férias, mas tem dúvidas sobre o transporte de insulina? Quem tem diabetes, não importa onde esteja, precisa continuar com os cuidados para evitar preocupações, principalmente durante uma viagem, longe de casa.

Se você descobriu recentemente que tem a condição tipo 2 e ainda tem alguns receios em como agir, saiba que uma das maiores inseguranças que as pessoas com diabetes enfrentam nas viagens é em relação à conservação da insulina. A medicação é sensível à oscilação de temperatura, o que pode fazer com que o efeito se perca e o paciente corra sérios riscos.

Assim, para tirar umas férias tranquilas, é fundamental estar por dentro das recomendações para fazer o transporte de insulina de forma adequada.  

Como fazer o transporte de insulina?

1. Não congele e nem faça o transporte com gelo seco

Os frascos de insulina não devem ser congelados e nem transportados com gelo seco, já que, quando abaixo da temperatura de 2°C, o hormônio perde seu efeito. No avião, é possível pedir para que a medicação fique guardada em uma geladeira, mas isso deve ser comunicado à empresa área com 72h de antecedência.

Você também pode conservar a insulina usando uma caixa de isopor ou bolsa térmica. Lembre-se de que frascos já abertos podem ser conservados fora da geladeira por, aproximadamente, 6 meses em uma temperatura ambiente de 25°C, podendo variar de acordo com o laboratório.

Já em viagens curtas, com menos de 6h de duração, a insulina, tanto a em uso quanto a reserva, pode ser mantida em temperatura ambiente, desde que não passem por mudanças bruscas de clima.  

2. Obtenha uma declaração atestando a diabetes

Para qualquer tipo de viagem, principalmente as internacionais, tenha sempre em mãos a prescrição médica. Ela traz um respaldo profissional que prova aos funcionários do aeroporto e do avião sua necessidade de levar as seringas ou canetas de aplicação.

É aconselhável, ainda, que o médico faça uma receita em inglês, caso você precise comprovar algo durante a imigração ou tenha a urgência de adquirir o remédio no exterior.

3. Evite a exposição da insulina ao sol

Assim como a temperatura muito baixa não é recomendada, a alta também prejudica a ação do hormônio. Em caso de viagens de carro, por exemplo, prefira o horário da noite, já que nesse período o veículo não costuma acumular calor.

Além disso, não deixe a medicação no porta-luvas, pois esse espaço é propenso ao aquecimento. Não deixe a insulina por muito tempo no interior do automóvel e evite expô-la diretamente à luz solar, já que ela também tem capacidade de degradar a substância.

Em uma viagem de carro, na qual você precise fazer paradas para almoçar, por exemplo, considere levar a insulina com você, na bolsa.

4. Tenha um bom seguro de vida

Como disse o poeta Mário Quinta, “Viajar é trocar a roupa da alma”. Porém, é sempre bom estar prevenido para qualquer eventualidade. Por isso, antes de viajar, faça um seguro de vida que garanta a sua segurança e a segurança de quem você ama.  

5. Leve o remédio na bagagem de mão

Em viagens de avião, nunca despache medicação alguma. Se a bagagem for perdida, você ficará impossibilitado de dar continuidade ao tratamento, colocando em risco sua vida e o seu bem-estar. Além disso, o bagageiro da aeronave pode fazer com que a insulina fique congelada, tornando-se inutilizável para futuras aplicações.

Medicamentos de uso contínuo não passam pela restrição quanto à quantidade de líquidos. No entanto, devem ser apresentados no momento da inspeção, separadamente da bagagem de mão.

6. Tenha um cartão ou pulseira de identificação

Apesar de essa recomendação não se relacionar diretamente com uma dica sobre como transportar insulina em viagem, ela também é válida. Um documento relevante para acompanhar você é o cartão ou pulseira de identificação, que revele o que fazer em casos de mal súbito.

Nele, é possível colocar um passo a passo dos procedimentos, além dos seus dados pessoais, como nome, plano de saúde, telefone para contatos urgentes, endereço e identificação de um médico.

7. Leve tudo em dobro

Outra recomendação é levar o dobro da medicação que você usaria caso estivesse em sua casa. Isso é válido não apenas para a insulina em si, mas também para agulhas, sensores, cateteres e tiras para medir a glicemia. Essa atitude é uma prevenção, caso aconteça algo com o remédio, ou para a hipótese de você necessitar de doses maiores. Agindo assim, você não passará por apertos, principalmente se estiver fora do Brasil.

8. Aprenda a conservar a insulina no local de destino  

Para armazenar a insulina, entenda que a recomendação é que as medicações que ainda não foram abertas devem ficar em geladeira, com temperatura entre 2°C e 8°C. Já as canetas recarregáveis precisam ficar do lado de fora, em temperatura ambiente, para que seu mecanismo interno não seja danificado.

Por fim, para as insulinas conservadas em geladeira, antes da aplicação, considere deixar a dose 15 minutos em temperatura ambiente, para evitar desconforto e irritação.

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