Dor nas juntas é uma queixa comum entre os brasileiros. Estima-se que o país tenha hoje mais de 15 milhões de pessoas acometidas por doenças reumáticas, atualmente a segunda causa de afastamento temporário do trabalho e a terceira de aposentadoria por invalidez, de acordo com Rubens Bonfiglioli, presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia.

Essas doenças também são famosas por causar o enfraquecimento das articulações, além de inflamações, infecções ou deterioração gradual das juntas dos músculos e dos ossos. Quando isso acontece, o corpo fica mais fragilizado e propenso a sofrer acidentes até mesmo em casa, lugar que pode apresentar vários perigos a quem tem mais de 60 anos.

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“Perceber o surgimento da dor e a forma que ela é sentida é fundamental para a avaliação”

Nas rodas de conversa, alguns ousam diagnósticos – “Pode ser artrite ou artrose”; “Já investigou bursite?” – e até soluções – calor, gelo e medicamentos para aplacar a dor. “Generalizar o tratamento é uma estratégia sempre perigosa”, diz Fernando Zikan, professor de fisioterapia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

“Perceber o surgimento da dor e a forma que ela é sentida é fundamental para a avaliação”, afirma o fisioterapeuta. “Ela pode ser aguda, súbita, com sinais de inflamação (vermelho e quente); pode ser insidiosa, leve e progressiva; ou crônica”, exemplifica Bonfiglioli – e “o diagnóstico precoce evita incapacidades”.

Dependendo do tipo de doença reumática – são mais de 100 tipos –, pode haver “todos esses sintomas ou outros, como pontadas e sensação de aperto”, pontua o reumatologista. “Quando as juntas estão doentes, não realizamos movimentos simples como dobrar o cotovelo, agachar, apreender objetos nas mãos, andar...”

Qual a diferença entre artrite e artrose?

Na verdade, lembra Guilherme Sellos, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, “é bem provável que todos nós possamos sentir dores em algum momento da vida”. No entanto, “as crônicas são aquelas que permanecem por semanas, meses ou anos, levando à perda da qualidade de vida”.

"As dores crônicas articulares podem tanto ocorrer por problemas que dizem respeito ao local que a dor se manifesta, como a coluna lombar, assim como pode ter causas primárias relativas à desarmonia funcional da saúde do indivíduo como um todo, inclusive problemas emocionais e nutricionais", afirma.

As principais doenças reumáticas que atingem as juntas são artrose e artrite. De forma geral, explica o ortopedista, “os processos degenerativos que ocorrem na cartilagem e na matriz óssea são chamados de artrose, enquanto os processos inflamatórios que ocorrem dentro de uma articulação são chamados de artrite”.

"Na prática, ambos estão intrinsecamente relacionados, pois o processo inflamatório [artrite] leva ao processo degenerativo [artrose] e costumam entrar em ciclos de reativação quando os fatores desencadeadores permanecem presentes na saúde daquela pessoa", pontua Sellos.

Hábitos para prevenir a dor nas juntas

Mexa-se mais

O imobilismo, na avaliação do professor de fisioterapia da UFRJ, talvez seja o principal fator para a dor nas juntas. “O bom funcionamento de nossas articulações é dependente de movimento; logo estar em uma mesma posição – sentado ou em pé – ou sobre salto alto, por um longo período, contribui para a sobrecarga pressórica inadequada e, com isso, o desgaste das peças ósseas pode agravar.”

Controle seu peso

“Obesidade e sobrepeso podem aumentar a dor sobre as articulações devido a uma sobrecarga mecânica”, diz Lilian Kanda, endocrinologista do Hospital Santa Cruz. “Articulações lombares e dos membros inferiores são as mais afetadas. Os obesos, em geral, são sedentários e evitam a atividade física também pela dor, reduzindo a massa muscular e piorando ainda mais a sobrecarga sobre as articulações.”

Mude sua dieta

Estudos sugerem que o potencial anti-inflamatório de alguns alimentos pode, de alguma forma, modular o sistema imune. “Coincidentemente, são os mesmos incluídos em uma dieta saudável e que facilitam o emagrecimento e a redução da dor articular”, diz Lilian: as fibras (verduras e legumes); os cereais integrais; os peixes ricos em ômega 3; os azeites; os lácteos e as castanhas.

Outros alimentos que aparentemente têm maior potencial inflamatório e coincidentemente também pioram a obesidade e a dor articular e que devem ser evitados são: açúcares refinados, farinha branca (pães e massas), gordura saturada (carne vermelha em excesso, embutidos e outros alimentos processados).

Faça exercícios

“Manter músculos fortes, com exercícios resistidos e de baixo impacto, é a grande estratégia na prevenção ou no controle do avanço das doenças articulares”, finaliza Zikan.


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