O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, foi criado com o objetivo de prevenir e conscientizar a população mundial sobre as complicações provocadas pela doença. O diabetes é considerado a mais comum das doenças não transmissíveis e já atinge mais de 415 milhões de pessoas em todo o mundo.

A data foi instituída em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) junto com a Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma homenagem ao médico Frederick Banting, responsável por descobrir a insulina. Embora a descoberta tenha sido feita no dia 27 de julho de 1921, o dia 14 de novembro foi escolhido como o Dia Mundial do Diabetes por ser aniversário de Frederick.

Em 2006, a Organização das Nações Unidas (ONU) também se uniu a essa ação a fim de alertar sobre os impactos do diabetes em todo o mundo, principalmente em países em desenvolvimento. A partir dessa parceria, foi criado o Novembro Diabetes Azul, uma campanha para falar especificamente sobre a doença.

“Essas organizações perceberam que precisavam conscientizar todas as nações do mundo, informando que o diabetes é de fato uma doença epidêmica, com um impacto social e econômico muito grave”, explica Beatriz Scher, fundadora do Biabética, canal de conteúdo online sobre diabetes. O azul foi escolhido para a campanha por ser a cor da bandeira da ONU, conferindo um peso político maior ao movimento.

Dia Mundial do Diabetes: precisamos falar sobre essa doença

O diabetes é uma doença epidêmica e cresce cada vez mais no Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 9 milhões de brasileiros estão com diabetes. Ou seja, mais de 6% da população. Já a Sociedade Brasileira de Diabetes afirma que esse número é ainda mais alto e que, na realidade, são 12 milhões de brasileiros com a doença.

Dia Mundial do Diabetes

Crédito: Por fizkes/Shutterstock

O índice é maior entre as mulheres: são 5,4 milhões contra 3,6 milhões de homens com diabetes. A faixa etária entre 65 e 74 anos tem o maior número de casos, 19,9% do total, seguida pelas pessoas com mais de 75 anos, com 19,6%. Enquanto isso, jovens de 18 a 29 representam a menor parcela, com 0,6% do número total.

Esses números podem ser relacionados com o estilo de vida dos brasileiros. “A falta de cuidado com a própria saúde, o sedentarismo e até o sobrepeso mexem demais com o metabolismo das pessoas. Isso pode ocasionar em várias doenças, como diabetes do tipo 2, hipertensão, cardiopatias e dislipidemia”, conta Beatriz. “Por isso, falar sobre diabetes é tão importante. As pessoas precisam se cuidar e se prevenir o quanto antes”.

Cuidado é prevenção 

Beatriz afirma que o diabetes é uma doença silenciosa, por isso é muito importante estar atento aos sintomas. “É fundamental fazer o teste de glicemia uma vez por ano ou a cada seis meses se você estiver acima do peso”, comenta. “É necessário ir com frequência ao médico e fazer todos os testes”.

Os mesmos exames também são necessários caso você tenha alguém na família com diabetes, já que é uma doença hereditária. “Se você for uma pessoa que se cuida, mas tem um pai ou uma mãe com diabetes, você tem que se cuidar em dobro. As suas chances de desenvolver a doença são altas”, explica Beatriz.

Se perceber algum dos sintomas, a ida ao médico deve ser feita o quanto antes. Quando não cuidado, o diabetes pode ocasionar complicações sérias e até mesmo mortais, como o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (infarto e insuficiência cardíaca) e AVC (derrame).

Os sintomas são: muita sede, vontade constante de urinar, boca seca, tontura, enjoo, perda de peso, visão turva e muita vontade de comer doce. “Se você estiver com um apetite muito grande para doces, é bom dar uma olhada na glicemia. Os testes para checar se você tem diabetes podem ser feitos mesmo sem apresentar os sintomas”, afirma Beatriz.

E para prevenir? O segredo é se manter saudável. É preciso fazer exames e medir a glicemia com regularidade, ficar atento aos sintomas e se educar em relação à sua saúde. Exercícios físicos e uma alimentação saudável e balanceada são cruciais para espantar o diabetes.

Pessoas com diabetes podem viver mais?

Para os especialistas, a longevidade de uma pessoa com diabetes depende dos cuidados que ela tem com a saúde, como monitora a doença e se ela tem algum tipo de complicação proveniente da mesma.

De acordo com Lenita Zajdenverg, chefe do serviço de Nutrologia e Diabetes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da UFRJ e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, fatores, como o controle da pressão arterial e do perfil lipídico, a manutenção do colesterol em níveis adequados e a prevenção contra o triglicerídeo excessivo e contra a obesidade, podem contribuir para a qualidade de vida de quem tem diabetes.

Por isso, o cuidado com a saúde é tão importante. O maior acesso a medicamentos e  ao tratamento, além da melhoria do aporte de saúde em geral e ao reconhecimento da importância de medidas não medicamentosas, como a mudança de hábitos de vida, têm contribuído para o aumento da expectativa de vida de quem tem diabetes.

“É importante que todo indivíduo com diabetes entenda que é uma doença crônica e que o uso das medicações deve ser feito ao longo de todo a sua vida. Sob orientação médica, é claro”, recomenda Lenita, enfatizando o tratamento contínuo uso regular da medicação.

Para isso, o acesso a medicamentos é fundamental. E não apenas para aqueles específicos para diabetes, mas para outras condições derivadas da doença. Pensando nisso, o Instituto de Longevidade MAG criou um benefício especial e gratuito para seus membros: descontos em medicamentos em todo o Brasil. 

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A vida com diabetes

Beatriz foi diagnosticada com diabetes do tipo 1 em 2000, quando tinha 6 anos de idade. Seu pâncreas parou de produzir células de insulina de uma hora para outra, por isso ela não tem o hormônio no corpo e precisa injetá-lo por conta própria. Diferente do tipo 2, que é metabólico e pode ser causado por hábitos não saudáveis, o diabetes tipo 1 é autoimune e provocado por uma deficiência do sistema imunológico.

Apesar disso, ela vive bem graças aos cuidados que tem com sua saúde. “É possível conviver normalmente com o diabetes. Basta se cuidar, ter conhecimento sobre a condição e contar um bom acompanhamento profissional”, explica. Ela controla o nível de glicemia várias vezes ao dia e aplica insulina na hora das refeições. “Fico de olho para manter a glicemia dentro da meta, que é entre 80 e 180. Se ela abaixar, preciso comer; se aumentar, preciso aplicar insulina”.

Dia Mundial do Diabetes

Crédito: goffkein.pro/Shutterstock

Beatriz também comenta que uma pessoa com diabetes não é necessariamente uma pessoa doente, mas alguém que tem uma condição de saúde que deve ser cuidada. “Eu não me sinto uma pessoa doente, apenas quando minha glicemia está alta ou baixa. Fora isso, eu não sinto nada, não tenho nenhum sintoma”.

A mensagem que fica é que é importante se cuidar e não faltar às visitas ao médico. Em caso de diagnóstico positivo, buscar um endocrinologista para ter um bom acompanhamento e manter um estilo de vida saudável são fundamentais.

“Eu tenho diabetes há 19 anos e não tenho nenhuma complicação porque me cuidei. Agora eu conscientizo as pessoas na internet para ajudá-las a evitar esses problemas também”, afirma Beatriz.


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