Mulheres que vão à igreja mais de uma vez por semana vivem mais do que as que não vão, segundo estudo da Universidade Harvard. Os pesquisadores verificaram que elas têm, em média, cinco meses de vida a mais e 33% menos chance de morrer em um período de 16 anos, em relação a quem nunca foi a um serviço religioso.

Comparadas às que não frequentam serviços religiosos, quem vai semanalmente tem risco de mortalidade 26% menor – inclusive por doenças cardiovasculares e câncer. Para as que vão menos de uma vez por semana, o risco é 13% menor.

Foram avaliados dados de 74.534 mulheres no período de 1992 a 2012 – a maior parte delas, católicas ou protestantes. O baixo número de pessoas de outras religiões não permitiu que fossem obtidas conclusões estatisticamente significativas sobre elas. As participantes eram enfermeiras americanas, que, devido à profissão, tendem a ser mais conscientes em relação à saúde.

Segundo um dos autores do estudo, o professor de epidemiologia Tyler VanderWeele, a ida aos serviços religiosos aumenta o apoio social, desencoraja fumar, diminui a depressão e ajuda as pessoas a desenvolver uma visão mais otimista ou esperançosa da vida.

Elas responderam a questionários sobre dieta, estilo de vida e saúde, a cada dois anos, e sobre frequência em serviços religiosos, a cada quatro anos. Os pesquisadores investigaram alimentação, atividade física, consumo de álcool e tabaco, índice de massa corpórea, integração social e etnia.

O estudo buscou uma metodologia para reduzir limitações como a da causa reversa – em que apenas quem tem boa saúde vai à igreja e, portanto, a frequência não teria qualquer influência. Para tanto, foi feito o controle de causas da frequência e da mortalidade. Além disso, os pesquisadores garantiram uma ampla amostra e fizeram repetidas medições ao longo do tempo.

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