Por mais que se evite pensar no assunto e se adie a discussão, chegará o momento em que algumas famílias serão obrigadas a tomar a difícil decisão de transferir seu idoso para uma ILPI. Mas essa dificuldade é coisa do passado, garante a gerente de Qualidade e Melhoria Contínua da Cora Residencial Senior, Ariane Polisaitis. Segundo a executiva, há alguns anos, as ILPIs chegaram com um novo conceito de residência para idosos, bem diferente do até então conhecido.

“Hoje as ILPIs contam com toda a infraestrutura adequada para atender aos idosos, sejam eles mais ou menos dependentes de cuidados. Aqui na Cora, oferecemos serviço completo de hotelaria com seis refeições diárias orientadas por uma nutricionista, além de serviço de lavanderia, acompanhamento de equipe multidisciplinar e enfermagem com cuidados contínuos”, explica Ariane, que garante: “Muitos idosos chegam à Cora por vontade própria. Outros vêm trazidos pela família e gostam tanto que nos adotam como segundo lar”.

Para a gerente, algumas questões devem ser levadas em conta na hora de escolher uma ILPI para hospedar um parente, como higiene, infraestrutura, documentação do estabelecimento etc. Porém, a mais importante de todas, sem dúvida alguma, é incluir o idoso em todas as etapas da discussão, para que ele fique à vontade com a escolha e, em momento algum, se sinta abandonado pela família. “A família e o idoso devem conversar e avaliar juntos, quando possível, a opção. Caso o idoso não possa mais responder pelos atos da vida civil, a decisão final é do tutor. Levá-lo contra a vontade pode acarretar em sérios problemas de saúde como depressão”, afirma.

Quando é a hora da família ou do idoso procurar uma ILPI?

Questões como a indisponibilidade de familiares ou profissionais para acompanhar o idoso, a necessidade de acompanhamento especializado contínuo ou mesmo problemas de relacionamento familiar que comprometem a convivência e a qualidade de vida do idoso e dos familiares. Essas são algumas das situações que podem levar os familiares ou o próprio idoso a procurar uma instituição de longa permanência.

Mas especialistas garantem que, após um breve período de adaptação do idoso e dos familiares à nova realidade, todos passam a ter a confiança necessária na instituição e no trabalho desenvolvido pelos profissionais do local.

“É muito importante que antes de assinar contrato com alguma instituição, a família e o idoso realizem visitas à instituição para conhecer presencialmente as instalações e até, se possível, conversar com idosos residentes e seus familiares”, comenta a executiva. Em sua opinião, isso aumenta a confiança do idoso e acelera o período de adaptação.

Outro ponto importante é que a instituição fique na mesma cidade onde alguns familiares residem para que possam fazer visitas periódicas ou mesmo buscá-lo para passar os finais de semana em um ambiente familiar. Manter essa convivência é essencial para a saúde física e emocional da pessoa idosa.

“O idoso lúcido precisa de uma ILPI onde ele possa fazer amigos, se distrair, fazer atividades que o ensinem coisas novas e ter uma vida plena e feliz, até melhor do que se estivesse sozinho em casa”, conclui Ariane.

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