Um novo exame de sangue capaz de determinar a expectativa de vida de uma pessoa foi desenvolvido recentemente por cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores responsáveis, o novo método consegue identificar a idade fisiológica do corpo humano, quantificando a informação, não pelos anos que passaram desde o nascimento, mas pelo funcionamento do organismo.

Publicado na revista científica Biorxiv, o estudo examinou 11.432 pessoas por 12 anos e meio. O novo teste é capaz de analisar 42 aspectos de uma amostra de sangue, entre elas o número de células brancas, o nível de glicose e de albumina. O resultado possibilitará calcular a expectativa de vida e a taxa de mortalidade para cada grupo de idade fisiológica.

Em entrevista à BBC News Brasil, a professora de Patologia da Universidade de Yale e co-autora do estudo, Morgan Levine, comemorou os resultados obtidos, que se mostraram mais precisos que outros já desenvolvidos até o momento.

Morgan alerta que esse cálculo é relacionado apenas a causas de morte relacionadas ao envelhecimento. “Obviamente, não consideramos mortes acidentais, suicídio e homicídios", declarou.

O estudo mostrou que, de uma maneira geral, o acréscimo de um ano na idade fisiológica, em relação à idade cronológica, pode aumentar o risco de morte em 9%. O efeito, porém, é mais significativo em jovens e adultos do que em idosos. O acréscimo de um ano na idade fisiológica de pessoas entre 20 e 39 anos aumenta em 14% o risco de morte. Entre os adultos entre 40 e 64 anos, o risco aumenta em 10%; e acima de 65 anos, em 8%.

A pesquisadora alerta que o exame não possibilita saber a idade exata que a pessoa irá morrer e que o objetivo do estudo é apenas possibilitar tratamentos preventivos às pessoas que apresentarem uma diferença acentuada entre as idades cronológica e fisiológica.

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