Nesta quinta-feira, 25, é comemorado o Dia do Dentista Brasileiro. Mas você conhece a origem da data? Conta a história que até o século XIX, o ofício de dentista era efetuado por cirurgiões e barbeiros. A anestesia ainda não havia sido inventada, e as extrações eram realizadas a sangue frio, juntamente com os curativos de fístulas e o tratamento de cáries. Naquele tempo, os dentes extraídos já eram substituídos por dentes postiços, que eram fixados por grampos de metal junto aos dentes naturais.

Somente em 1884, no dia 25 de outubro, que o Decreto de Lei nº 9311 foi assinado, separando o estudo da Odontologia das áreas médicas restantes. Dessa separação, houve a criação dos primeiros cursos de graduação na área nos estados do Rio de Janeiro e da Bahia. Nascia aí o Dia do Dentista Brasileiro. No restante do mundo, a data é comemorada no dia 3 de outubro, por causa da criação do primeiro curso de Odontologia, em 1840, em Baltimore, nos EUA.

Extremamente importante no dia a dia das pessoas durante todas as fases da vida, o dentista é o profissional responsável pela saúde bucal, tratando dos nossos dentes, gengivas e também dos ossos da face. Contudo, após os 50 anos de idade, alguns problemas podem se agravar.

“Problemas na cavidade bucal podem acontecer a qualquer momento, mas é claro que em cada fase há uma propensão a determinadas doenças mais características”, explica a cirurgiã dentista Flávia Couto. Mestre em Clínica Odontológica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Flávia aponta o desgaste dos dentes como um problema bastante comum em pessoas com mais de 50 anos, que pode ser natural ou já caracterizar um caso mais grave. O problema pode aumentar a sensibilidade, que pode ser acarretada por bruxismo ou quando o paciente consome alimentos muito ácidos.

“Também é muito comum notarmos a presença da doença periodontal, que é relacionada a todas as estruturas de suporte ao dente, como osso, os ligamentos, a gengiva etc.”, avalia a especialista. “Você começa a ter mais retração gengival, as vezes com inflamações constantes, por isso é preciso prestar mais atenção nessa etapa da vida”, acrescenta.

Contudo, esses problemas podem ser acompanhados. Flavia pontua que se a pessoa já tem certa tendência a ter doenças periodontais como gengivite, que é a inflamação da gengiva, é importante que ela visite seu dentista frequentemente, evitando a progressão da perda óssea e dentária.

 

A cárie

Flávia relembra que um problema bastante comum a todas as fases da vida é a cárie. Mas quando se trata do público acima dos 50 anos, que vem da época em que a odontologia era mais reparadora, e por isso é mais comum encontrar trabalhos mais extensos com amálgamas, os cuidados precisam ser redobrados

“Ter uma cárie num dente que já teve cárie provocará uma lesão mais extensa. Você já tem um reparo e terá que fazer um novo reparo”, adverte Flávia. Segundo ela, a progressão da infiltração acaba sendo mais extensa, podendo levar a um tratamento de canal ou ao uso de próteses ou de implantes o que, na opinião da especialista, não é muito recomendado. “Apesar de muito boa a solução do implante, é sempre bom a gente conseguir manter o mais tempo possível todos os dentes na boca”, finaliza Flávia.

Por isso, cuide muito bem da saúde da sua boca, consultando o seu dentista a cada seis meses.

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