Autoridades de saúde pública de todo o país fazem um alerta: o número de casos de HIV na terceira idade praticamente dobrou na última década. Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde referentes a 2018, 12,4% dos homens com 60 anos ou mais foram detectados com o vírus do HIV, o que representa um aumento de 9,7% em comparação aos últimos dez anos. No caso das mulheres, 5,7% com 60 anos ou mais foram detectadas com o vírus, ou seja, uma diminuição de 5% em relação aos últimos dez anos.

Especialistas acreditam que o número esteja diretamente ligado ao aumento da qualidade e da expectativa de vida da população. Os recursos médicos e tecnológicos acabaram por prolongar a vida sexual dos homens. A informação se confirma no dado também divulgado pelo Ministério da Saúde, de que atualmente cerca 80% dos adultos entre 50 e 90 anos são sexualmente ativos.

Até aí, tudo bem. Prazer e qualidade de vida caminham juntos, de mãos dadas. Mas a ideia só se completa quando acrescentamos um terceiro pilar: segurança. No entanto, a maioria dos homens com mais de 60 anos não está muito preocupada com os riscos que o sexo sem a devida proteção pode trazer para a vida das pessoas. O resultado é o aumento preocupante de casos de HIV na terceira idade.

“Segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde referentes a 2018, 12,4% dos homens com 60 anos ou mais são portadores do vírus HIV, o que representa um aumento de 9,7% em comparação aos últimos dez anos.”

Pesquisas realizadas pelo Departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde indicam que 37.161 novos casos de Aids foram identificados no Brasil em 2018 e que 135 mil brasileiros vivem hoje vom o HIV e não sabem. O diagnóstico da infecção pelo vírus é feito por meio de testes realizados a partir da coleta de uma amostra de sangue. No Brasil, temos os exames laboratoriais como o Elisa anti-HIV e os testes rápidos que detectam os anticorpos contra o HIV em um tempo inferior a 30 minutos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca que a Aids seria o pior dos quadros, mas que o paciente também corre risco de adquirir outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) como clamídia, gonorreia, herpes e verrugas genitais. A estimativa da OMS é de que, a cada ano, 131 milhões de pessoas sejam infectadas com clamídia; 78 milhões com gonorreia; e 5,6 milhões com sífilis.

O que é o Teste Rápido de HIV e como fazê-lo?

Uma gota de sangue é coletada da ponta do dedo do paciente e colocada em dois dispositivos de testagem. Se o resultado for igual nos dois dispositivos, o diagnóstico já é confirmado. Já em caso de discordância, um novo teste é realizado. Assim, o resultado tem a mesma confiabilidade dos exames convencionais e não há necessidade de repetição em laboratório.

O teste é distribuído gratuitamente para toda a rede pública de saúde e permite que, em apenas meia hora, o paciente conheça o resultado e receba o serviço de aconselhamento necessário.

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