Sexo é vida, é gostoso e faz bem para a saúde, além de ser a melhor forma de perpetuar a espécie. Inúmeras pesquisas realizadas nos mais diversos campos da medicina já comprovaram que o ato traz melhorias para a pele, para a autoestima e para o sistema cardiovascular. Mais recentemente, tornou-se possível incluir mais um item a essa lista: sexo também tem efeitos positivos sobre a memória recente de pessoas com mais de 50 anos de idade.

A conclusão veio de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Wollongong, na Austrália. Publicado em maio de 2018 na revista científica “Archives of Sexual Behavior”, o estudo analisou os dados de 6.016 pessoas na Inglaterra com mais de 50 anos e comprovou que a prática sexual, a curto prazo, atua positivamente na retenção da memória.

Outro estudo, publicado no “Journals of Gerontology”, demonstrou que pessoas que faziam sexo semanalmente tinham melhor capacidade cognitiva do que quem não tinha atividade sexual.


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Seguindo a mesma linha, pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon, nos Estados Unidos, defendem que pessoas com vida sexual ativa têm um desempenho melhor no trabalho. Quando o sexo é feito na noite anterior, as pessoas ficavam mais bem-humoradas, concentradas e satisfeitas no expediente da manhã seguinte.

E acredite: o sexo pode ser ainda melhor após os 50 anos. Duvida disso?

O Instituto de Longevidade ouviu quatro especialistas que, juntos, apontaram alguns motivos que poderão te convencer de que, entre quatro paredes, a coisa pode ser bem mais rica e divertida para pessoas maduras. Uma das razões é a experiência adquirida ao longo da vida. As outras razões, você vai descobrir clicando aqui.

O Dia do Sexo

Nem sempre visto com bons olhos, já houve época em que o sexo foi bastante injustiçado com sinônimos do tipo desfrute, descaramento, semvergonhice, sodomia e safadeza. Por isso, em 1935, um grupo conhecido como Círculo Brasileiro de Educação Sexual decidiu criar o dia do sexo, comemorado em 20 de novembro. O objetivo era reabilitar a prática sexual e acabar com o tabu e o ar imoral que pairava sobre o tema. A campanha durou apenas dois anos e logo foi esmagada pelo punho de ferro do Estado Novo.

Mais de 70 anos depois, em 2008, uma marca de preservativos teve a ideia de fazer uma nova campanha de marketing para aumentar a venda do produto e instituiu o dia 6 de setembro como o novo dia do sexo. A data foi uma brincadeira com os números 6/9, numa clara alusão à famosa posição do 69, em que parceiros fazem sexo oral, simultaneamente, um no outro.

Neste dia, é comum que motéis e sex shops façam promoções para atrair casais de todas as idades.

Dia do Orgasmo

Tão importante no sexo e na vida do ser humano, o orgasmo acabou por merecer um dia inteirinho para chamar de seu. Comemorado em 31 de julho, o dia do orgasmo nasceu da iniciativa de alguns sexy shops britânicos para promover o debate sobre as dificuldades que muitas pessoas têm de atingir o ponto máximo do prazer sexual.

Uma pesquisa realizada pela Prazerela, escola que auxilia mulheres no empoderamento de seus corpos por meio do prazer sexual, descobriu que apenas 36% das mulheres têm orgasmo durante a relação sexual. A pesquisa entrevistou 1370 mulheres de todas as regiões do país, com idade a partir de 18 anos.

Um número bem pequeno, quando comparado ao tamanho da população feminina brasileira (de acordo com o IBGE, existem quatro milhões a mais de mulheres em relação à quantidade de homens) e à quantidade de benefícios do orgasmo: bom para os nervos e para dores musculares, bom para o coração, elimina o estresse, deixa a pele mais macia e os cabelos com mais brilho e vida, fortalece a imunidade e melhora a qualidade do sono.

Não há idade para descobrir o orgasmo

Dona de um sex shop na esquina da rua da Consolação com a Avenida Paulista, em São Paulo, a empresária Maísa Pacheco afirma que não há idade para descobrir o orgasmo. Há 20 anos à frente do negócio, Maísa não se limita apenas às barreiras físicas de sua loja e realiza palestras de orientação sexual para um público majoritariamente feminino (80%). E garante que, ainda hoje, a grande dificuldade da mulher é gozar e que a maioria finge o orgasmo para agradar o parceiro.

“Meu público de mulheres de 60 anos ou mais é muito bom. Muitas dizem que não querem morrer sem gozar. De fato, não há idade para descobrir o orgasmo, e nem fazem questão de arrumar um namorado para isso. Pelo contrário, ficam com medo de encontrar algum pilantra que roube sua aposentadoria. Assim, preferem ter um vibrador”, destaca Maísa.


E não é só na solitude que os brinquedinhos podem ser usados, mas também para apimentar a relação do casal. De acordo com a psicóloga clínica Rebeca Zar, muitas pessoas tratam as fantasias sexuais como tabus e passam a vida sem revelá-las aos parceiros.

“Não existiríamos sem a possibilidade de fantasiar”, destaca Rebeca. Ela afirma que, para alguns casais, a intimidade emocional inibe o desejo erótico. Já para outros, alimenta o prazer. “Se um casal compartilha da mesma dinâmica, isso não é um problema, pois vão viver a sexualidade buscando situações semelhantes. O problema é quando não compartilham das mesmas necessidades eróticas”, conclui. 

Apimentando a relação

Psicóloga e sexóloga, Priscila Junqueira garante que é possível esquentar a relação que já se encontra entediada na rotina do dia a dia. Mas para isso, é preciso que ambos estejam dispostos.

Para ela, relaxamentos e massagens são maneiras de redescobrir o corpo e podem ser feitos a dois. Juntos, o casal poderá identificar quais são as regiões mais sensíveis, que tipo de toque proporciona mais prazer, que tipo de sensação trazem objetos com diferentes temperaturas e qual é o estímulo preferido de cada um.

“Inicialmente, vale uma conversa para avaliar se o uso de algo não é uma afronta para o parceiro”, indica. Ela recomenda que os dois pesquisem juntos. “Há fantasias e jogos que podem ser um começo.”

Buscar ajuda profissional pode ser uma saída em alguns casos, principalmente para casais com idade igual ou superior a 50 anos. Para a também sexóloga e psicóloga Carolina Mendonça, isso poderá atenuar os impactos físico e emocional, como problemas de ereção para os homens e uma menor lubrificação para as mulheres.

Leia também: O Mito da mulher sequinha.

Para que casais nessa idade possam desfrutar de uma vida sexual saudável e ativa, Carolina aponta algumas mudanças de atitude. Clique aqui para saber quais são.

Sexo tântrico

Nas palavras do terapeuta corporal Evandro Palma, sexo tântrico é aquele realizado sem o sentido de urgência do prazer do sexo convencional, que possui foco fortemente genital e que é movido pelo desejo e pela fantasia. Ao contrário, trata-se de um conjunto de práticas que priorizam o acesso aos sentidos, à conexão entre dois seres e à aceitação para que toda a experiência seja sublime, transformadora e reveladora de todo o potencial criativo, de alegria e de celebração.

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Quer saber mais sobre o assunto e conhecer as 11 dicas dadas pelo terapeuta para melhorar o sexo do casal por meio da abordagem tântrica? Clique aqui.

"Sexo verbal não faz meu estilo"

Se você concorda com a afirmação da música composta por Renato Russo, líder da banda Legião Urbana e que faleceu em 1996 devido a complicações causadas pelo HIV, você está enganado. Falar sobre sexo depois dos 50 anos de idade faz bem para a vida a dois.


Para explicar isso, separamos quatro estudos que ajudam a desvendar um pouco os mitos e equívocos do sexo após os 50 anos. Clique aqui para ler a matéria completa.

Sexo na aposentadoria

A aposentadoria pode impactar o desempenho sexual dos homens. A afirmação é de Valmari Cristina Aranha, psicóloga do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e presidente do Departamento de Gerontologia da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia em São Paulo.

Valmari enumera alguns sintomas: desânimo, comodismo, falta de vontade de fazer coisas novas. Um abatimento que, segundo a especialista, pode acabar se espraiando para a vida sexual.

“O papel econômico que o homem exerce se reflete em sua capacidade de potência no sexo”

“O papel econômico que o homem exerce se reflete em sua capacidade de potência no sexo”, diz. “E um problema de ereção também irá reduzir o carinho que ele dedica à sua mulher, ou fazer com que evite até mesmo o beijo na boca, uma vez que não se sentirá capaz de atingir o ápice da relação física.”

Para a psicóloga do HC, buscar entender os caminhos que levam a esse quadro é a forma mais indicada de lidar com o problema. E para isso, segundo Valmari, a ajuda de um especialista poderá facilitar o processo.

Todo mundo tem problemas sexuais

Pensando nessa máxima, listamos abaixo uma série de dicas de tratamentos e práticas que poderão contribuir para uma vida sexual mais ativa e prazerosa. Veja a seguir:

Florais podem ajudar na vida sexual 

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Créditos: nito / shutterstock

Baseada nas essências das flores e plantas, a terapia dos florais atua de forma profunda no campo vibracional, tratando a necessidade da pessoa, desde o físico e o mental, alcançando o emocional e o espiritual. Veja aqui de que forma ela pode ajudar a melhorar o sexo.

Seu parceiro sente aversão ao sexo? 

Mudanças hormonais podem estar por trás de uma falsa percepção de aversão sexual. Ganho de peso, alterações no corpo e mesmo alterações bruscas de humor – sintomas comuns da menopausa – vêm acompanhados de receios e vergonhas. O problema pode ainda indicar que a pessoa tenha sofrido algum trauma. Veja aqui como buscar ajuda nesses casos.

Problemas na comunicação do casal?

Clique aqui para conhecer os oito passos que te ajudarão a solucionar essa importante questão para manter a harmonia e a cumplicidade na vida a dois.

Sofre com dores nas juntas?

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Créditos: Motortions Films / shutterstock

Se a dor se torna maior que o prazer, é comum que o sexo seja deixado de lado. O problema é comum em pessoas que sofrem de artrite reumatoide e outras doenças que afetam as articulações. Conheça aqui algumas posições que poderão te ajudar a ter prazer.

Perda de libido

O problema pode ser causado pela combinação de alguns alimentos. Mas calma, também não precisa eliminá-los do cardápio. Basta rever misturas e quantidades. Clique aqui para saber mais.

Faz uso de medicamentos para impotência masculina?

Veja aqui os riscos e os benefícios do Viagra.

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