Má notícia: ainda não se conhece uma cura para os vasinhos no rosto – aqueles mesmo, que ficam aparentes e, muitas vezes, mexem com a autoestima. Mas a boa notícia é que existem diversos tratamentos para removê-los.
Antes de falar como tirá-los, é melhor saber o que são as telangiectasias, nome médico para esses pequenos vasos sanguíneos superficiais e dilatados. Com diâmetro de cerca de 1 mm – a espessura de um fio de cabelo –, eles ficam localizados na pele não só do rosto, mas também do corpo.
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“Em geral, as telangiectasias apresentam-se como ‘linhas’ no rosto, de coloração avermelhada, de vários formatos, desde pequenos riscos até grandes arborizações”, explica a biomédica esteta Kátia Cavalcante, mestre em promoção da saúde. Na face, costumam aparecer nas bochechas e no nariz.
E, para a tristeza de muitas pessoas, são permanentes. Ou seja, uma vez lá, os vasinhos no rosto não desaparecem espontaneamente.
“É um problema estético que não apresenta riscos. Contudo, gera um grande incômodo, principalmente nas mulheres”, afirma Kátia.
Vasinhos no rosto: causas
Diversos fatores provocam o aparecimento das telangiectasias. Entre eles estão:
- envelhecimento;
- exposição solar;
- gravidez;
- predisposição genética;
- rosácea;
- uso de corticoides;
- e em algumas doenças mais graves, como o lúpus.
"O uso de cremes contendo substâncias que estimulam a produção de vasos, como o ácido retinóico ou a tretinoína, também pode causar telangiectasias em pessoas predispostas. Não há, no entanto, como prever se a pessoa terá ou não os aparentes vasinhos no rosto", acrescenta a dermatologista Renata Sitonio, da Clínica Sitonio, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
“Dependendo da causa de base, podemos evitar que piore. Mas a tendência para desenvolvê-las é pessoal e imprevisível”, complementa Amanda Todt, especialista em dermatologia da clínica Mais Excelência Médica.
Vasinhos no rosto: prevenção
Pois bem, se não é possível saber de antemão se os vasinhos no rosto vão aparecer, o melhor é tentar prevenir. Para isso, vale evitar:
- a exposição solar prolongada e sem proteção;
- o tabagismo;
- bebidas alcoólicas em excesso;
- o uso de medicações sem orientação médica.
Manter a pele hidratada também é ideal, segundo Kátia. “E não se submeter a procedimentos estéticos agressivos, que causem processo inflamatório intenso. Por exemplo, alguns tipos de peelings descamativos e microagulhamento, entre outros”, acrescenta a biomédica.
"No entanto, se houver predisposição genética ou se a pessoa tiver rosácea, uma doença de pele cuja característica é o aumento dos vasos da face, mesmo que se proteja corretamente do sol, não ficará livre de algumas lesões”, assinala Renata.
Vasinhos no rosto: tratamentos
Para quem já tem as telangiectasias na face, tratamentos com laser ou luz intensa pulsada são as melhores opções. Essas fontes de luz conseguem atingir o vaso e fechá-lo através do calor.
Além disso, conseguem promover ótimos resultados desde a primeira sessão, segundo Kátia. “São procedimentos confortáveis, indolores e bastante seguros para o paciente. Amenizam bastante a vermelhidão e, simultaneamente, proporcionam o rejuvenescimento da pele.”
Em geral, segundo ela, são recomendadas até cinco sessões. Entre elas, deve haver um intervalo de 30 dias.
Mas, apesar de o laser e a luz intensa pulsada serem as indicações mais comuns, o indicado é consultar um especialista. “Cada tratamento deve ser feito de forma individualizada. Não podemos esquecer que algumas doenças são crônicas, como a rosácea, e necessitam de manutenção”, reforça Amanda.
Mesmo quem não tem agravantes pode precisar de novas sessões. Renata explica que, devido à grande circulação sanguínea da pele, os vasos que foram fechados podem ser novamente abertos pela pressão que o sangue exerce na circulação vizinha.
