Em 1942, Iván Bojko foi tirado à força da Ucrânia, pelos nazistas. Fez trabalhos forçados na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, com o fim do conflito, não pôde voltar ao seu país-natal porque os soviéticos puniam com morte ou prisão quem tivesse colaborado com os alemães – mesmo que em condições como a de prisioneiro.

A tragédia deu origem ao longa-metragem Iván, que conta a história do refugiado, que perdeu contato com a família e, em 1948, conseguiu chegar ao Brasil. O documentário mostra como, 68 anos depois de ser tirado de seu país, ele consegue voltar à Ucrânia e reencontrar os parentes e o passado.

Parte do filme é baseada nos diários que Bojko escreveu sobre sua trajetória. Parte é o retrato do que ele viveu aos 91 anos, quando pisou novamente em solo ucraniano. “Para mim, falta recurso”, diz ele, que recebeu uma passagem aérea para retornar.

Iván” tem direção de Guto Pasko, descendente de ucranianos que abordou o tema imigração em outras obras, como “Made in Ucrânia – os Ucranianos no Paraná”; “A Colônia Cecília”, sobre italianos ; e “O Herói de Cruz Machado”, a respeito dos poloneses.

O longa-metragem Iván, que foi lançado em novembro do ano passado, recebeu premiações no Festival de Cinema de Maringá, no Florianópolis Audiovisual Mercosul e no Fest Cine Goiânia. A história também ganhou as telas fora do país, sendo exibido no Festival Cinematográfico de Montevideo (Uruguai) e no Festival Latino-Americano de Cinema de Trieste (Itália).

SERVIÇO
A distribuidora negocia a exibição em diversas praças. As datas e os locais estarão disponíveis na página do Facebook de Iván. A previsão é que o longa esteja em plataformas como iTunes, Google Play e Net Now até outubro deste ano.

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