Um caso recente de proibição da transfusão de sangue envolvendo Testemunhas de Jeová reacendeu o debate sobre o tema em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Os pais de um bebê recém-nascido estão sendo processados pela Santa Casa de Misericórdia do município por não autorizarem o procedimento no filho, que corria risco de morte por apresentar sérios problemas de coagulação sanguínea.


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"Estou orientada pela equipe médica da UTI da Santa Casa que meu filho “XXXXXX” ainda apresenta distúrbio de coagulação e anemia, mesmo utilizando as medicações eritropoetina noripurum e transamin. Estou ciente de que meu filho corre risco de sangramento ativo a qualquer momento com risco de morte. E mesmo sabendo de todos os riscos e gravidade, não autorizo as transfusões sanguíneas", informa a carta assinada por Maria Eleni de Souza da Silva, mãe do recém-nascido e Testemunha de Jeová. A carta serviu de documento para a abertura de ação de pedido de tutela no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Mas por determinação do tribunal, a transfusão foi realizada na última terça-feira (24), contrariando a vontade e a crença dos pais. De acordo com o despacho judicial, "o direito à vida vem em primeiro lugar, não podendo prevalecer a crença religiosa. A documentação que veio acompanhando o pedido inicial revela o estado grave em que se encontra a criança, de molde a não prescindir da transfusão sanguínea”.

A Santa Casa de São José do Rio Preto informou que o bebê, de apenas 11 dias, segue internado, mas em estado estável.

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