A proposta de reforma da Previdência Social que será apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro ao congresso na próxima quarta-feira (20) prevê idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres. O período de transição será de 12 anos.

A informação foi divulgada na última quinta-feira (14) pelo secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho. Segundo ele, a decisão foi tomada pelo presidente Bolsonaro na tarde desta quinta, no Palácio da Alvorada, em reunião com os ministros Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo).


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De acordo com Marinho, a proposta inicialmente defendida pelo presidente era de uma idade menor para mulheres, 60 anos, com período de transição mais longo. Mas após duas horas de discussão com a equipe do ministro Paulo Guedes, que defendia idades mínimas iguais de 65 anos para homens e mulheres e período de transição de 10 anos, Bolsonaro “bateu o martelo” nos 62 anos para mulheres.

Economia para Previdência Social será de 1/3 do déficit do INSS

A aposta do governo é de que a reforma gere uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos aos cofres da Previdência Social. Contudo, estudos do Ministério da Economia mostram que esse número representa menos de um terço do déficit do INSS para o mesmo período, que deverá ser de R$ 3,1 trilhões. A equipe econômica justifica que a intenção não é zerar o déficit previdenciário, mas atenuar o rombo previsto para os próximos anos e conter a alta do endividamento público, que em dezembro de 2018 totalizou 76,7% do PIB (Produto Interno Bruto).

Apenas alguns detalhes da proposta foram divulgados. O texto final da reforma da Previdência Social de Bolsonaro só será conhecido no próximo dia 20, quando também está previsto um pronunciamento do presidente à nação para explicar a proposta.

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