Importar-se com a opinião dos outros é uma das características mais comuns do ser humano. Mas ela pode limitar bastante a vida. O alerta é do psicólogo Bayard Galvão, presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Segundo ele, se não deixar de se preocupar com o que pensam sobre você, temendo a rejeição, o desprezo e as chacotas alheias, é possível que sofra efeitos como:

. Ter medo de falar em público;

. Não fazer o que gosta (só o que os outros querem);

. Ser incapaz de ter uma opinião pessoal;

. Não saber dizer não (colocando-se até em situações desconfortáveis);

. Não conseguir se defender numa discussão;

. Evitar apresentar ideias em reuniões de trabalho;

. Abrir mão dos próprios sonhos.

E aí cabe o alerta da psicóloga e coach Patrícia Schuindt, da R122: “Se você se preocupa excessivamente com o que os outros pensam a seu respeito, no sentido de anular quem você é e o que pensa – e isso chega a atrapalhar seu desempenho no trabalho, bem-estar e autenticidade –, pode ser o momento de parar, refletir e tomar novas atitudes”.

  1.  Conheça-se 

Entenda claramente quem você é, incluindo valores, propósitos, princípios e objetivos. A sensação interna de fazer o que acredita vai ajudar a motivar e a lidar com possíveis oposições de ideias, garantindo uma certa segurança. “Sua atenção estará concentrada no que realmente importa para você”, diz Schuindt.

  1.  Identifique seus pontos fortes e fracos

Ainda no raciocínio do autoconhecimento, reconheça suas forças e suas imperfeições, procurando aprimorar-se continuamente. “Essa autoconsciência e busca por melhoria pode evitar reações emocionais negativas diante de pensamentos dos outros”, acrescenta a psicóloga.

  1.  Aceite-se

Tenha em mente suas características, como jeito de falar, condição financeira, forma de se vestir, crenças religiosas, valores morais e gostos. Você só será alvo de comentários em grupos que não carreguem as mesmas características suas. “É mais ou menos como um palmeirense querer aplausos e abraços no meio da torcida do Corinthians numa final entre os dois times”, compara Galvão.

  1.  Entenda que o certo para você pode ser errado para outros

Aprenda a se valorizar, olhando para os seus aspectos positivos e, principalmente, compreendendo que eles podem ser negativos para outras pessoas. Seu posicionamento político, por exemplo, pode ser motivo de orgulho para você, mas não agradar outras pessoas.

  1.  Compreenda seu modelo mental

Todas as pessoas têm suas crenças e agem automática e repetidamente a partir disso, mesmo sem perceber. Notar e compreender os próprios padrões de pensamentos e comportamentos é importante para conseguir mudar o cenário. Há quem seja muito autocrítico, e o fato de se preocupar com o que os outros pensam pode ser uma projeção das próprias críticas e autojulgamentos. Ou, ainda, estarem relacionadas à necessidade de “acertar sempre” e “ser aceito”. “Descobrir esse padrão mental ajuda a evitar distorções e criar comportamentos mais adaptativos e funcionais”, explica Schuindt.

  1.  Lembre-se de que não controla o pensamento alheio

Para deixar de se preocupar com o que pensam sobre você, é preciso entender que controlar os pensamentos do outro é impossível. Mas, quanto mais claro for a respeito de seus posicionamentos e suas intenções, menos mal-entendidos serão gerados.

  1.  Não espere que os outros sejam quem não são

Buscar elogios de quem só sabe falar mal de todos não é uma postura sensata. Além disso, esperar que você seja uma pessoa que todos gostam é normal, mas praticamente impossível, ainda mais se fizer parte de grupos muito heterogêneos. Perceba quem você ameaça e entenda que a probabilidade é nunca ouvir um comentário positivo dela.

  1.  Valorize-se e aceite as diferenças

Aprenda a se valorizar e busque melhorar a si mesmo, independentemente de outras pessoas. Busque, no olhar do outro, múltiplas visões de mundo. Conhecendo-se, é mais fácil aceitar que nem todos pensam como você e que, se não podemos mudar as opiniões, resta aceitar e aprender a lidar com essas diferenças.

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