Bons ácidos para clarear a pele são fundamentais para reduzir aquelas manchas indesejadas, algumas vezes típicas da idade, no rosto. É preciso, contudo, ter atenção aos ativos das fórmulas. Alguns produtos contêm substâncias sensíveis à luz, que podem prejudicar a derme, principalmente no verão.

Na estação mais quente do ano, o ideal é optar por ácidos derivados dos alimentos, como o mandélico (amêndoas), o ascórbico (frutas) e o glicólico (cana-de-açúcar), segundo especialistas. E sempre acompanhados de filtro solar.

“O ácido mandélico é o menos irritante de todos e bem tolerado em peles negras, sendo bastante utilizado para clareamento de manchas em fotótipos mais altos [peles mais escuras] ou peles mais sensíveis”, indica a dermatologista Emily Alvernaz, da Clínica Goa, no Rio de Janeiro.

Os derivados da cana-de-açúcar e das frutas, por sua vez, também combatem a acne e as manchas decorrentes da oleosidade — queixas recorrentes durante o verão. “As substâncias naturais possuem moléculas menores que os ácidos inorgânicos. Por esse motivo, apresentam maior penetração na pele e eficiência”, explica a médica.

Antes de recorrer aos ácidos para clarear a pele, Emily aconselha os pacientes a sempre procurarem um dermatologista, especialmente os que têm doenças de pele, como rosácea ou dermatite atópica. O efeito e a absorção das substâncias podem variar de pessoa para pessoa. Alguns produtos, por exemplo, não são recomendados para pele negra ou com fototipos mais altos, como a hidroquinona.


Clarear a pele com ácidos

Antes da exposição solar

Quem pretende tomar banho de sol também precisa ter cuidado. “Recomendamos suspender os ácidos de 2 a 10 dias antes de exposição solar mais intensa, como em praias, piscinas ou viagens.”

Pessoas que praticam esportes ou atividades intensas ao ar livre também possuem algumas restrições, segundo a especialista. “É preciso utilizar protetor solar com maior cobertura de filtros físicos e aderência à pele”, indica.

Os efeitos colaterais do uso incorreto de ácidos sob à luz solar são muitos. Vão desde a irritação e a vermelhidão da pele até a ardência no local e mesmo nos olhos.

Ácidos fotossensíveis

Na lista dos ácidos para clarear a pele que devem ser evitados no verão e nos demais períodos de exposição ao sol, estão o ácido retinoico e a hidroquinona — famosos pela ação esfoliante e antirrugas. “Eles são mais agressivos e deixam a pele mais fina e sensível”, esclarece a dermatologista Maria Alice Gabay, da clínica Gabay Dermatologia.

Antes de utilizar as substâncias, diz ela, é indicado aplicar um produto para acalmar e proteger a pele. “Desta forma, a irritação do ácido é minimizada”, aconselha Maria Alice.

Para o tratamento com ácido retinoico e hidroquinona, Maria Alice reforça a necessidade de acompanhamento médico para prescrição durante o inverno ou em situações em que há pouca exposição ao sol. “Por serem fotossensíveis, recomendamos o uso [de ambos] sempre no período da noite. Pela manhã, o ideal é lavar a pele e aplicar o filtro solar”, acrescenta ela.

A especialista destaca que dermatologistas podem indicar tanto o ácido pronto como sua versão manipulada, além de cremes de tratamento, sabonetes e loções específicas para quem quer clarear a pele. “Apenas um médico tem a capacidade de avaliar a espessura, a característica e o nível de oleosidade da pele do paciente para sugerir o melhor tratamento”, conclui.


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