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No âmbito da Parceria Europeia de Inovação sobre Envelhecimento Ativo e Saudável, parceiros em toda a Europa compartilham resultados de seus pilotos e projetos habitacionais, disseminando as melhores práticas e ampliando a colaboração internacional nesse campo. 

Casas, comunidades e cidades conectadas são essenciais para a criação de ambientes age-friendly, ou amigáveis à idade. E adaptar as habitações é o primeiro passo em uma “abordagem de prevenção”, que garante saúde e bem-estar às pessoas mais velhas em suas próprias residências. 

Na Europa, as comunidades estão buscando soluções que protejam as necessidades dessa população e também proporcionem habitação e serviços de uma nova maneira. 

Na região da Aquitânia, na França, foi criado um fundo para ajudar a financiar modificações domiciliares para idosos de baixa renda. Em parceria com uma organização de habitação, fundos de pensões e companhias de seguros, a iniciativa renova moradias para atender às necessidades dos residentes mais velhos – a um custo médio de 7.000 euros.  

As modificações podem incluir pia suspensa, substituição da banheira por um assento retrátil no chuveiro e barras de apoio. 

Na cidade de Boé, localizada na mesma região, estão, além disso, adaptando condomínios para melhorar a mobilidade e o acesso a sistemas de transporte. 

“Buscam compensar limitações cognitivas, auditivas, visuais e físicas causadas por doenças crônicas, diabetes e AVCs” 

Em Dresden, na Alemanha, um projeto com cooperativas de habitação, institutos de pesquisa e empresas fez adaptações para atender às necessidades desse público. A iniciativa está centrada em sistemas de suporte técnico, que buscam compensar limitações cognitivas, auditivas, visuais e físicas causadas por doenças crônicas, diabetes e acidentes vasculares cerebrais. Foram realizados treinamentos sobre o uso dos serviços, e os inquilinos estiveram envolvidos tanto no projeto, como na implantação do projeto. 

Em Lyon, na França, a organização regional de habitação pública recorreu ao uso de tablets para melhorar a vida de moradores – especialmente os idosos – em casa. Esses “apartamentos conectados” visam evitar o isolamento, aumentando a interação social dos usuários. Pelo dispositivo móvel, é possível acessar serviços de alimentação, entretenimento, saúde e bem-estar. 

Clique aqui e leia mais: Casa compartilhada reduz custos e melhora qualidade de vida 

Um projeto transnacional na Europa Central, o Help, está buscando uma abordagem abrangente da habitação e dos cuidados em domicílio, que inclui: na Eslovênia, a criação de um departamento de assessoria para oferecer a idosos soluções e serviços de habitação; em Leipzig, na Alemanha, um centro onde as pessoas mais velhas podem testar soluções para suas casas; e, na Itália, um piloto de moradia compartilhada envolvendo soluções comunitárias e de cuidados integrados.  

“Laboratórios vivos”, como o Smart House Living Lab de Madri, também são comuns na Europa. Eles se concentram no teste e no desenvolvimento de novas tecnologias domésticas para a vida independente. 

“A inovação na habitação pode melhorar a qualidade de vida das pessoas mais velhas e potencialmente atrasa ou evita um movimento para uma instituição de cuidados” 

Em parceria com empresas, sociedade civil e autoridades públicas em Roterdã, na Holanda, 16 distritos-piloto estão sendo testados em um programa de áreas de moradia assistida com instalações e serviços especificamente projetados para atender às necessidades de cidadãos com deficiência e idosos. 

Eles estão construindo um painel para monitorar a eficácia das intervenções sociais, de infraestrutura e de saúde. Para isso, estão criando uma plataforma de sistema de informação geográfica para o governo, visando apoiar as decisões políticas que influenciarão a idade em que as pessoas se mudam para instituições de longa permanência.

Juntamente com soluções comunitárias de habitação, são necessárias diversas soluções residenciais e parcerias para atender às diversas necessidades de pessoas idosas. Os parceiros devem incluir pessoas mais velhas, parentes, grupos sem fins lucrativos e outros públicos da comunidade que tenham interesse no tema.  

Uma abordagem participativa, de baixo para cima, em que os idosos estão envolvidos no processo de design de novos dispositivos, de acordo com suas necessidades e expectativas, é econômica e leva não apenas à criação de ferramentas mais funcionais, mas também a novas relações entre pessoas mais velhas que moram na mesma comunidade. 

As adaptações e os serviços habitacionais permitem uma vida mais independente e ativa em casa, melhoram a comunicação entre pessoas mais velhas e seu círculo de apoio e reforçam a inclusão social e melhoram a eficiência dos serviços. 

A Europa representa um enorme mercado para equipar apartamentos individuais e residências coletivas, o que permitirá aos idosos um melhor acesso aos serviços. Em última análise, a inovação na habitação pode melhorar a qualidade de vida das pessoas mais velhas e potencialmente atrasa ou evita um movimento para uma instituição de cuidados. 

Sobre Maria Iglesia-Gomez 

Chefe da Unidade de Inovação para a Saúde e os Consumidores, ela lidera a equipe responsável pelo desenvolvimento de estratégias de Inovação para Saúde e Consumidores da Comissão Europeia. Sua equipe é responsável por desenvolver e administrar a Parceria de Inovação sobre Envelhecimento Ativo e Saudável. 

Artigo original:   http://bit.ly/2eI5bWS 

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